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Em uma cerimônia oficial, o Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) entregaram o Prêmio Mulheres na Ciência. A edição deste ano contou com o reconhecimento de 15 mulheres, em destaque por seus trabalhos destacados em suas respectivas áreas de pesquisa. As mulheres se destacaram em todos os setores do país, com representantes de todas as regiões.
As 15 mulheres premiadas são pesquisadoras de destaque em sua área de conhecimento. Essas mulheres cientistas, acadêmicas e pesquisadoras, são referências em suas áreas de estudo. O Prêmio Mulheres na Ciência é uma oportunidade de reconhecer as mulheres que se destacam em suas carreiras. O objetivo é promover e valorizar o seu trabalho, reconhecendo as conquistas e os conseguimentos das mulheres em suas áreas de pesquisa.
Reconhecendo as Contribuições das Mulheres na Ciência
O Brasil tem sido um exemplo de equidade de gênero na ciência, com uma presença feminina significativa em diversas áreas do conhecimento. No entanto, a disparidade entre homens e mulheres ainda é um desafio a ser superado. Nesse contexto, a Capacitação em Pesquisa em Ciências Exatas, Médicas e Humanas (Capes) lançou uma iniciativa para dar visibilidade à produção científica feminina e alavancar a equidade de gênero na ciência.
A iniciativa selecionou cinco pesquisadoras em cada área, com base no Indicador de Citações Ponderadas por Disciplina, que avalia o impacto de um trabalho em relação a outros trabalhos do mesmo tipo; disciplina; e ano de publicação, extraído da ferramenta de avaliação de produção científica e de métricas, SciVal, da editora Elsevier. Além disso, foi analisado o número mínimo de cinco publicações na disciplina indicada de 2019 a 2023. Esse processo visa identificar as pesquisadoras que estão contribuindo de forma significativa para o avanço do conhecimento em suas respectivas áreas.
A solenidade de premiação também serviu para a apresentação do relatório Progress Toward Gender Equality in Research & Innovation – 2024, divulgado pela Elsevier. O relatório mostrou que o Brasil é o terceiro país com maior presença feminina na ciência, atrás apenas de Argentina e Portugal. As mulheres hoje são 49%, um salto significativo em relação a 2002, quando eram 38%. No mundo, a participação feminina é de 41%, em 2002, era de 21%.
A presidente da Capes, Denise Carvalho, destacou as mulheres homenageadas no cartaz da premiação, lembrando que Bertha Lutz foi bióloga e feminista e liderou o processo que levou as mulheres brasileiras ao direito ao voto, em 1932. Além disso, Carvalho ressaltou que Elisa Frota Pessôa é um exemplo de que as mulheres são silenciadas, apesar de contribuírem muito para a ciência. Assim como César Lattes, Elisa foi uma das fundadoras do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, mas não se fala muito dela.
A capacitação em pesquisas científicas é fundamental para o desenvolvimento da carreira das mulheres na área, pois permite que elas sejam reconhecidas como cientistas e acadêmicas de peso. Além disso, a publicação de trabalhos é um indicador importante da qualidade da pesquisa, pois permite que os resultados sejam compartilhados e avaliados pela comunidade científica.
A criação do Prêmio Mulheres e Ciência é uma iniciativa importante para reconhecer as contribuições das mulheres na ciência e alavancar a equidade de gênero na área. Essa ação visa promover a igualdade de oportunidades para as mulheres na ciência e reconhecer suas contribuições para o avanço do conhecimento.
Ainda que a participação feminina na ciência seja um desafio a ser superado, é importante lembrar que as mulheres têm sido fundamentais para o desenvolvimento da ciência em todas as áreas, desde a biologia até a física. A criação de programas e iniciativas que visem promover a igualdade de gênero na ciência é crucial para o avanço do conhecimento humano e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A exemplo de Bertha Lutz, que liderou o processo que levou as mulheres brasileiras ao direito ao voto, as mulheres continuam a ser uma força fundamental para o avanço da ciência e da sociedade. É importante que as mulheres sejam reconhecidas e valorizadas como cientistas e acadêmicas, e que sejam proporcionadas oportunidades iguais para que possam se desenvolver e contribuir para o avanço do conhecimento.
Fonte: © MEC GOV.br
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