Servidores do Colégio Pedro II pedem reestruturação de carreira, recomposição salarial e revogação de normas com defasagem de 22,71%.
Pelo menos 54 universidades, 51 institutos federais (IFs) e o Colégio Pedro II estão em greve desde abril, conforme apurado pelo g1. O movimento dos professores e servidores dessas instituições busca a reestruturação de carreiras, a recomposição salarial e orçamentária, além da revogação de normas implementadas nos governos Temer e Bolsonaro. A greve tem impactado significativamente o funcionamento dessas instituições de ensino em todo o país.
Além disso, a paralisação tem gerado debates acalorados sobre a situação do ensino público no Brasil. A mobilização dos trabalhadores da educação reflete a insatisfação com as políticas adotadas nos últimos anos e a luta por melhores condições de trabalho e qualidade no ensino. A greve é vista como um meio legítimo de pressionar as autoridades a atenderem às demandas da categoria e promoverem mudanças efetivas no setor educacional.
Greve e Paralisação no Colégio Pedro II por Reajuste Salarial
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andres), a defasagem salarial de 22,71% dos professores do Colégio Pedro II, acumulada desde 2016, tem motivado uma greve em busca de recomposição salarial. A paralisação tem impactado as atividades acadêmicas, com adesão de professores e técnicos-administrativos em diferentes níveis de paralisação.
Em alguns casos, tanto professores quanto técnicos estão paralisados, enquanto em outras situações apenas um dos grupos aderiu à greve. A greve no Colégio Pedro II reflete um cenário nacional, com instituições de ensino em todo o país enfrentando desafios semelhantes.
A situação se agrava com a falta de acordo entre o governo e os sindicatos. Na tentativa de solucionar o impasse, o governo assinou um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação) na última segunda-feira (27). No entanto, a proposta não foi aceita pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
O acordo previa a reestruturação da carreira docente, com um reajuste salarial de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. A proposta também incluía uma revisão na progressão da carreira, visando beneficiar profissionais em início de carreira. No entanto, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andres) expressou preocupações com a possível redução no número de graus da carreira, passando de 13 para 10, o que poderia resultar em mais desestruturação.
Diante da recusa dos sindicatos em aceitar o acordo, a greve persiste em diversas instituições de ensino pelo Brasil, incluindo o Colégio Pedro II. A situação se reflete em diferentes regiões do país, como no Norte, onde servidores técnico-administrativos do Ifam e professores e servidores da UFPA, UFOPA, UFRA e Unifesspa no Pará aderiram à paralisação. No Acre, na UFAC e nos campi do IF do estado, técnicos-administrativos e professores também permanecem em greve. Em Roraima, a greve atinge a UFRR, demonstrando a abrangência e a persistência do movimento grevista em busca de melhores condições salariais e de trabalho.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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