Números mistos em assinantes Disney+, TV e filmes.Lucros parques temáticos superaram expectativas.Resultados 1º trimestre: receitas, Disney+ lucro por ação, perdas menores streaming, TV, ESPN+, vendas conteúdo licenciamento.
Os papéis da Disney (DIS; Nyse) despencaram mais de 9% durante o pregão de terça-feira (7), na bolsa de Nova York, em razão da divulgação do desempenho do 1º trimestre que desapontou os investidores.
Os investidores reagiram rapidamente à notícia e as ações da Disney sofreram uma queda significativa na bolsa de Nova York. A expectativa em torno do resultado do 1º trimestre se traduziu em uma reação negativa dos mercados. A volatilidade dominou as negociações na Nyse, refletindo a insatisfação dos investidores.
Resultados do 1º trimestre: Disney revela números mistos
Os resultados do primeiro trimestre da Disney vieram mistos, com a receita levemente abaixo das expectativas, atingindo US$ 22,08 bilhões em comparação com os US$ 22,10 bilhões esperados. Por outro lado, o lucro por ação superou as previsões, chegando a US$ 1,21, em contraste com os US$ 1,12 estimados.
A surpresa negativa veio, no entanto, do número de assinantes do Disney+, que totalizou 153,6 milhões em vez dos 155,7 milhões esperados, conforme apontado por Paulo Gitz e Maria Irene Jordao, estrategistas da XP.
A maior rentabilidade da empresa foi impulsionada pelas perdas menores no segmento de streaming. Os ganhos atingiram US$ 18 milhões, comparados com uma perda de US$ 659 milhões no mesmo período do ano anterior.
O desempenho dos negócios da Disney em segmentos-chave
A Disney segmenta seus negócios em Entretenimento (cerca de 40% da receita), Esportes (20%) e Parques e Experiências (aproximadamente 40%). No setor de experiências, envolvendo parques temáticos, a receita subiu 9,8%, totalizando US$ 8,4 bilhões, enquanto o lucro operacional cresceu 12,3%, alcançando US$ 2,29 bilhões, superando as expectativas.
No entanto, o negócio de TV da Disney ficou para trás, à medida que mais pessoas optam por reduzir ou abandonar o uso da TV a cabo, conforme indicado por William Castro Alves, estrategista-chefe da Avenue. A receita da ESPN aumentou em 3%, para US$ 4,21 bilhões, mas o lucro operacional diminuiu 9%, chegando a US$ 799 milhões. Quando combinados com a ESPN+, os negócios de streaming apresentaram perdas de US$ 18 milhões no trimestre.
As vendas de conteúdo, licenciamento e outras receitas, incluindo bilheteria, tiveram uma queda de 40% no trimestre, atingindo US$ 1,39 bilhão, devido à ausência de grandes sucessos de bilheteria no período.
Projeções e expectativas futuras
Apesar dos desafios enfrentados, a Disney elevou sua projeção de crescimento do lucro por ação para 2024 de 20% para 25%. No entanto, analistas como Gitz e Jordão indicaram que o mercado já tinha expectativas de 25,5% nesse sentido.
O Bank of America reiterou sua recomendação de compra para as ações da Disney, estabelecendo um preço-alvo de US$ 145, com destaque para os ativos de alta qualidade da empresa nos setores de conteúdo e parques temáticos. O valor da ação fechou o dia em US$ 105,51. A expectativa é de um terceiro trimestre mais positivo após ajustes contábeis relacionados às operações na Índia no segundo trimestre.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo