Os fundadores de Kabum apresentaram projeto: dissolver negócio com varejista, reunião extraordinária, debater, votar, administração, reaver, pré-danos, processo arbitragem, intenções abusivas, anulação acordo, indenização, cruzada contra, empresa baterias.
O Board do Magazine Luiza marcou uma reunião extraordinária para o dia 29 de maio a fim de discutir e deliberar sobre a ação de responsabilidade em relação ao CEO do Grupo, Francisco Trajano, apresentada pelos irmãos Leandro e Thiago Ramos, acionistas minoritários e criadores do Kabum. Durante o encontro, será analisada a ação e os impactos que ela poderá ter no futuro da empresa.
Além disso, a assembleia vai abordar possíveis desdobramentos, como a instauração de uma ação judicial ou outro procedimento jurídico em relação à acusação contra o presidente Trajano. A transparência e lisura desse processo serão fundamentais para assegurar a credibilidade e a integridade das decisões tomadas pela companhia diante da ação proposta pelos investidores do Kabum.
Conflito entre Irmãos Ramos e Magazine Luiza
A assembleia extraordinária virtual agendada para ocorrer a partir das 16 horas tem sido o centro de debates acalorados entre os irmãos Ramos e o Magazine Luiza. O embate começou quando os irmãos acionistas decidiram agir em ação judicial para reaver os prejuízos sofridos em decorrência do erro contábil de R$ 829,5 milhões admitido pela empresa.
Segundo a carta dos Ramos, a ausência de controles rigorosos na companhia resultou em danos ao seu patrimônio. Eles acusam não apenas o erro contábil, mas também alertam o Sr. Frederico Trajano sobre problemas recorrentes há anos, envolvendo outros administradores, como Thiago Ramos e Leandro Ramos.
Respostas e Acusações
Em resposta à ação dos irmãos, Trajano enviou carta ao conselho de acionistas do Magazine Luiza, afirmando que os antigos proprietários buscam valores indevidos e utilizam o sistema jurídico de forma abusiva para atingi-lo pessoalmente. Ele descreve a investida dos Ramos como uma ‘cruzada’ em busca de vantagens indevidas.
Os Ramos, por sua vez, não se deram por vencidos e avançaram com um processo de arbitragem contra a varejista, solicitando à Câmara de Comércio Brasil-Canadá a anulação do acordo ou uma indenização que poderia alcançar até R$ 3,5 bilhões. Suas intenções são claras: responsabilizar o Magazine Luiza pelos prejuízos e restabelecer a justiça financeira.
Desdobramentos e Resoluções
A queda nas ações do Magazine Luiza, desencadeada por fatores macroeconômicos e problemas no setor varejista, foi o estopim para a batalha entre os irmãos Ramos e a empresa. A venda do e-commerce por R$ 1 bilhão gerou expectativas de pagamento adicional de até R$ 3,5 bilhões, mas a desvalorização dos papéis afetou drasticamente as projeções.
Diante desse contexto, a sessão extraordinária se tornou não apenas um procedimento jurídico, mas um ponto crucial para debater e votar sobre os rumos da ação dos acionistas. A disputa entre as partes envolve não apenas valores financeiros, mas questões de responsabilidade e transparência no ambiente empresarial.
Em meio a acusações e contra-acusações, a ação de reaver os prejuízos coloca em xeque a credibilidade e a conduta das partes envolvidas. O desfecho desse processo de arbitragem promete ser um capítulo marcante na história do Magazine Luiza e dos irmãos Ramos, cuja busca por justiça financeira se transformou em uma verdadeira batalha judicial.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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