Chevron confirma vitória ao adquirir participação de 30% da Hess em campo de petróleo na Guiana, após reunião virtual com investidores proeminentes.
Acionistas da Hess aprovaram a aquisição de US$ 53 bilhões pela Chevron, apesar das reservas de vários investidores proeminentes sobre uma disputa com a Exxon Mobil por um ativo-chave, de acordo com pessoas familiarizadas com o movimento. Os acionistas da Hess aprovaram o acordo durante uma reunião virtual nesta terça-feira (28), de acordo com as pessoas que preferiram não ser identificadas porque o assunto ainda não é público. As ações da Hess inicialmente caíram com a notícia, recuando até 1%, mas depois se recuperaram.
Enquanto os acionistas da Hess aprovaram a transação, alguns investidores expressaram preocupações sobre a possível competição com a Exxon Mobil. Ainda assim, o acordo com a Chevron foi selado, mostrando a confiança dos acionistas da Hess na direção da empresa. A transação de US$ 53 bilhões representa um marco importante no setor e promete impactar positivamente o mercado de energia.
Acordo histórico impulsiona a Chevron e o CEO Mike Wirth
O estoque da Hess estava em alta de 0,1% às 14h20 em Nova York, refletindo a confirmação de um acordo que é uma grande vitória para a Chevron e seu CEO, Mike Wirth. A transação visava garantir uma participação na maior descoberta de petróleo da última década, adquirindo a Hess e sua participação de 30% em um campo da Guiana.
Nos últimos dias antes da votação, o CEO da Hess, John Hess, um dos executivos-chefe de petróleo mais proeminentes em exercício, realizou uma intensa campanha pessoal com os acionistas para obter apoio ao acordo. Investidores proeminentes da Hess, como o HBK Capital Management e a D.E. Shaw & Co., haviam anunciado publicamente planos de se abster da votação, levantando preocupações sobre o prêmio de aquisição e o risco da arbitragem movida pela Exxon sobre o controle do interesse da Hess no campo da Guiana.
A transação ainda aguarda aprovação da Comissão Federal de Comércio dos EUA, além de enfrentar o caso de arbitragem em andamento movido pela Exxon, que prevê procedimentos que podem se estender até 2025. A Exxon reivindica direito de preferência sobre a participação da Hess em um campo de 11 bilhões de barris na costa da Guiana, um ativo valioso operado em conjunto com a gigante do petróleo do Texas.
Para a Chevron, a aquisição dos ativos da Hess tem como objetivo tranquilizar os investidores sobre as perspectivas de crescimento a longo prazo da empresa de petróleo da Califórnia. A votação é um marco não apenas para a Chevron e a Hess, mas também para John Hess, cujo pai fundou a empresa quase um século atrás. John Hess, que controla cerca de 10% das ações comuns da empresa, assumirá um assento no conselho da Chevron ao final do acordo.
Essa reunião virtual entre as partes envolvidas, incluindo vários investidores proeminentes, sinaliza uma nova fase no mercado de petróleo, com a consolidação de forças para impulsionar a indústria em meio à descoberta de novos campos. A parceria entre Chevron e Hess promete trazer benefícios significativos para ambas as empresas e seus investidores, marcando um momento crucial na história do setor.
Fonte: @ Info Money
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