Escola pública de agroecologia abriga primeiro grupo de pessoas vulneráveis, oferecendo espaço entre alunos e alunas no sítio Natan Vale, bairro do Cordeiro, com mesa farta e sorrisos de várias pessoas.
A Agroecologia se apresenta como uma abordagem integral para o desenvolvimento sustentável, envolvendo práticas agrícolas que priorizam a biodiversidade, a rotatividade de culturas e a minimização do uso de insumos químicos. No contexto da capacitação de quatro meses, a Agroecologia é explorada em suas facetas teóricas e práticas, abordando o cultivo de alimentos saudáveis e a produção de produtos naturais, como repelentes e produtos de higiene.
O curso de Agroecologia também investe no bem-estar emocional das pessoas, reconhecendo a interconexão entre o meio ambiente e a saúde mental. Os participantes aprendem a produzir sabão com óleo reciclado e shampoo de quiabo, demonstrando a possibilidade de criar produtos eficazes a partir de recursos naturais. Além disso, o curso destaca a importância de desenvolver uma abordagem mais consciente para a agricultura, como a prática de cultivo de plantas que promovam a biodiversidade, como se observa na produção de repelentes naturais. Em um mundo cada vez mais conectado, o curso em Agroecologia oferece um diploma que não apenas habilita os participantes a produzir alimentos e produtos naturais, mas também os prepara para assumir um papel ativo na criação de um futuro mais sustentável. Como resultado, ao finalizar o curso, os participantes saem não apenas com conhecimentos práticos, mas também com uma compreensão mais profunda da importância da Agroecologia em promover uma vida mais equilibrada. Acreditamos que a Agroecologia é um caminho crucial para criar um mundo mais sustentável, e estamos comprometidos em oferecer oportunidades de educação e treinamento para que mais pessoas possam se juntar a essa causa.
Desenvolvendo competências agroecológicas em um curso de referência
No Recife, a dona Helena Julia, de 79 anos, encontrou um novo propósito e um ambiente acolhedor no curso Cultiva Recife, que abriu as portas para uma nova realidade. Neste espaço, Helena Júlia conseguiu recuperar a confiança e se comunicar de novo, ao lado de outros participantes que enfrentaram situações de vulnerabilidade, como ela. O curso de agroecologia se tornou uma ferramenta de transformação na vida de várias pessoas, mostrando que não é tarde demais para aprender e se desenvolver.
Uma escola pública agroecológica no coração do Recife
Localizado no bairro do Cordeiro, o Sítio Natan Vale foi escolhido para abrigar a primeira escola pública de agroecologia do Recife. Este espaço tornou-se um ponto de encontro para alunos e alunas que estavam prontos para embarcar na jornada agroecológica. Dona Helena, que enfrentou um trauma com a perda do marido, encontrou um novo propósito no curso. Com a ajuda dos técnicos e professores, ela recuperou a confiança e a capacidade de se comunicar.
Reaprendendo a viver em harmonia com a natureza
Ao longo do curso, os participantes aprenderam sobre diversos temas, como agroecologia, soberania alimentar, plantas alimentícias não convencionais e gestão de resíduos. O lavador de carros Alexandre Alves, de 56 anos, descobriu um novo amor pela natureza e pelo cultivo de plantas. Ele compartilhou que passava muito tempo no canteiro, aprender a plantar, cultivar e colher. Alexandre Alves afirmou que, às vezes, ele jantava com o que colhia de sua plantação, desfrutando de uma alimentação saudável e abundante.
Forjando um novo olhar para a vida
A formatura do curso foi um momento de celebração e alegria. Durante a cerimônia, os participantes realizaram oficinas de turbantes, colheita e entrega simbólica de diplomas, comemorando seu aprendizado e o fortalecimento de um novo olhar para a terra, a vida e para si mesmos. Dona Valdete Lima, de 51 anos, superou a violência doméstica e racismo, encontrando um novo propósito no curso. Ela compartilhou sua história, dizendo que, após sofrer violência, procurou ajuda e encontrou um ambiente acolhedor no Cultiva Recife. Dona Valdete afirmou que decidiu que a sua história seria diferente e que estava lá para se sentir útil.
Fonte: @ Terra
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