De 2010 a 2021, 73 casos de dengue no local, aumentando para 130 em 2023, com áreas afetadas e casos importados.
Em 2023, a América do Sul enfrentou um surto de dengue, com um total de 250 casos de transmissão local da doença, um aumento significativo em relação aos 150 casos registrados em 2022. A propagação do vírus da dengue tem preocupado as autoridades de saúde, que alertam para a importância de medidas preventivas para combater a disseminação da doença.
Além dos sintomas clássicos da dengue, como febre alta e dores no corpo, os pacientes relataram uma forma mais grave da doença, conhecida popularmente como dengue quebrada. Essa variação da doença tem causado preocupação entre os profissionais de saúde, que estão empenhados em oferecer o tratamento adequado para os pacientes afetados pela dengue quebrada.
Impacto das mudanças climáticas na transmissão de dengue na Europa
Casos importados de dengue no continente europeu, provenientes de regiões com surtos da doença, também apresentaram um aumento significativo, passando de 1.572 em 2022 para mais de 4,9 mil no ano anterior – o maior número já registrado desde o início do monitoramento de casos na Europa, em 2008. Os dados foram divulgados pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).
De acordo com o ECDC, em 2024, vários países europeus já notificaram um aumento nos casos importados de dengue, indicando que os números deste ano podem superar os do ano passado. A Europa está cada vez mais consciente de como as mudanças climáticas estão criando condições favoráveis para a disseminação de espécies invasivas de mosquito em áreas anteriormente não afetadas, resultando em mais pessoas infectadas com doenças como a dengue.
Andrea Ammon, diretora do ECDC, ressaltou a importância de medidas de proteção individual, juntamente com ações de controle de vetores, detecção precoce de casos, vigilância em tempo real, pesquisas adicionais e atividades de conscientização em áreas da Europa com maior risco de transmissão de dengue.
O Aedes albopictus, mosquito transmissor de arboviroses como dengue, chikungunya e zika, está se expandindo para o norte, leste e oeste da Europa, com populações autossustentáveis em pelo menos 13 países do continente. Enquanto isso, o Aedes aegypti, que também transmite febre amarela, tornou-se endêmico em Chipre.
A capacidade do Aedes aegypti de se estabelecer em novas áreas da Europa é motivo de preocupação devido à sua significativa capacidade de transmitir patógenos e à sua preferência por picar seres humanos. Por outro lado, o mosquito Culex, conhecido como pernilongo no Brasil, tornou-se nativo na Europa e está presente em todos os países da região.
O ECDC destaca que as mudanças climáticas terão um impacto significativo na propagação de doenças transmitidas por mosquitos na Europa, devido à criação de condições ambientais favoráveis ao estabelecimento e crescimento das populações de mosquitos. A vigilância contínua e a implementação de estratégias de controle são essenciais para mitigar o avanço da dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos na região.
Fonte: @ Agencia Brasil
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