Milhares se reúnem em Buenos Aires em manifestação pela educação pública; governo admite ajustes de 70% e promete auditoria na administração federal.
Hoje é o dia da grande marcha em apoio às universidades públicas, um movimento que se espalhou por diversas cidades da Argentina. A previsão é de que, em Buenos Aires, milhares de pessoas se reúnam em defesa dessas instituições fundamentais para o ensino superior. O protesto está previsto para percorrer diferentes pontos da capital até chegar em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino. A comunidade acadêmica, estudantes, professores e demais apoiadores das universidades públicas se unem para exigir investimentos e recursos necessários para a qualidade da educação no país.
A mobilização em defesa das instituições de ensino público é uma mostra do compromisso e engajamento da sociedade em garantir o acesso à educação de qualidade para todos. O apoio às faculdades públicas é essencial para o desenvolvimento do país e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A união em torno dos centros de estudo públicos demonstra a importância dessas instituições no cenário educacional, clamando por valorização e reconhecimento por parte das autoridades competentes e da sociedade em geral.
Universidades Públicas em Risco devido a Cortes Orçamentários
A manifestação em defesa das universidades públicas tem ganhado destaque nos últimos meses, com a mobilização da comunidade acadêmica contra os cortes no orçamento das instituições de ensino público. A administração federal anunciou um aumento de 70% nos orçamentos de funcionamento das universidades, buscando garantir recursos adequados para manter a qualidade do ensino e da pesquisa.
No entanto, apesar do aumento prometido, muitas faculdades públicas enfrentam desafios financeiros significativos. Segundo dados apresentados pelo vice-reitor da Universidade de Buenos Aires (UBA), os funcionários das universidades públicas tiveram uma perda de poder aquisitivo de 35% nos últimos meses. Os dois aumentos de 70% não retroativos resultaram, na prática, em um corte de 31% nos orçamentos de funcionamento, considerando a atual inflação.
A falta de recursos também impactou diretamente o funcionamento das universidades públicas, como no caso da UBA, que declarou ‘emergência orçamentária’ devido ao congelamento dos valores destinados à instituição. Medidas drásticas foram adotadas, como a redução do uso de ar condicionado, luzes e elevadores, afetando diretamente as atividades acadêmicas.
A situação chegou a um ponto crítico, com a universidade enfrentando aumento exorbitante nas contas de energia elétrica, o que levou a instituição a buscar alternativas para manter suas operações. Aulas públicas foram realizadas em espaços alternativos, como praças e halls de faculdades, buscando conscientizar a sociedade sobre a importância das universidades públicas no desenvolvimento do país.
Diante desse cenário desafiador, a comunidade acadêmica continua a lutar pela valorização e pelo financiamento adequado das universidades públicas, buscando garantir o acesso à educação de qualidade para todos os cidadãos. A auditoria e fiscalização dos gastos públicos são fundamentais para assegurar a transparência e a eficiência na gestão dos recursos destinados à educação pública, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Fonte: @ CNN Brasil
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