O mercúrio no atum enlatado é uma fonte de proteína rica em gorduras benéficas, mas em excesso pode afetar o sistema nervoso central e causar danos ao fígado, rins e ao sistema cardiovascular.
Os níveis crescentes de mercúrio nos oceanos e rios têm gerado crescente preocupação, especialmente para mulheres grávidas que costumam consumir peixes frescos. Uma variante é a conserva que, embora seja menos fresca, oferece mais segurança à saúde.
Considerando o problema, alguns especialistas defendem o consumo de conserva, enquanto outros defendem o uso de mercúrio para controlar o crescimento de organismos aquáticos invasivos. A título de exemplo, um estudo publicado em 2015 pelo Instituto Nacional de Saúde, em Portugal, apontava para a necessidade de fiscalização rigorosa no consumo de peixes com altos níveis de mercúrio. A ideia é que sejam feitas análises regulares para garantir a segurança do consumo.
Mercúrio: O risco escondido no atum enlatado e peixes frescos
As pessoas que buscam uma alternativa mais conveniente e prática ao atum fresco podem encontrar no atum enlatado uma fonte de proteína de alto valor biológico e gorduras benéficas. Isso é apontado pela nutricionista Clarissa Fujiwara, que destaca as vantagens do atum em lata como uma opção viável para muitos. No entanto, essa escolha também pode vir acompanhada de riscos, como a contaminação por metais tóxicos, como o mercúrio, que pode prejudicar o sistema nervoso central.
A ingestão excessiva de mercúrio é uma das principais preocupações com o consumo de atum enlatado, especialmente entre as mulheres grávidas. Em vez de reverenciar o termo ‘mercúrio’, as mulheres grávidas precisam ser cautelosas e seguir recomendações para evitar uma ingestão excessiva. De acordo com um relatório do Food Standards Australia New Zealand, o atum enlatado é seguro para todos, inclusive para mulheres grávidas, desde que a ingestão seja metade ou menos do que a recomendada para não gestantes.
A escolha do atum enlatado pode ser uma opção mais segura do que os filés de atum fresco, pois o atum em conserva apresenta menores quantidades de mercúrio. Isso ocorre porque as espécies de atum utilizadas na conserva são menores e o atum da lata é mais jovem, o que reduz o teor de mercúrio. O atum é um peixe predador que come peixes menores, e o teor de mercúrio aumenta com o tamanho do peixe.
A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos estabelece que a dose máxima segura de mercúrio por dia é de 0,1 microgramas por quilo de peso humano. Para calcular a quantidade diária segura, é necessário multiplicar esse valor pelo peso do indivíduo. Um exemplo é uma pessoa de 80 kg, cuja dose diária de referência seria de 8,0 microgramas de mercúrio, e a dose semanal deve ser de 56 mcg de mercúrio.
No entanto, é complexo afirmar o número de latas de atum que se pode consumir por semana, uma vez que isso depende do mercúrio contido no referido peixe. O atum light, encontrado em maior quantidade no mar, é uma opção mais segura de consumo, pois possui níveis mais baixos de mercúrio.
Fonte: @ Minha Vida
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