Isabella Wanderley, general manager da Novo Nordisk, fala sobre remédios para diabetes, valor de mercado e molécula do Ozempic.
O Ozempic, medicamento para diabetes que agora também é empregado no combate à obesidade, representou uma reviravolta significativa para a empresa dinamarquesa Novo Nordisk. Desde 2020, especialmente devido ao Ozempic, o valor de mercado da companhia aumentou mais de quatro vezes. Atualmente, a Novo Nordisk está avaliada em cerca de US$ 600 bilhões, tornando-se a empresa mais valiosa da Europa.
Com o sucesso do Ozempic, a Novo Nordisk consolidou sua posição no mercado farmacêutico, demonstrando a eficácia do medicamento no tratamento da diabetes e da obesidade. A inovação e a qualidade do Ozempic impulsionaram a valorização da empresa, que agora se destaca como líder no setor de saúde.
Ozempic: Descobrindo Novos Medicamentos
Mas, de acordo com a general manager da Novo Nordisk no Brasil, Isabella Wanderley, outros remédios podem ser desenvolvidos a partir da Semaglutida, a molécula que serve de base para o Ozempic. Isso implica que ainda existe um valor significativo a ser explorado e novos medicamentos podem surgir, impulsionando ainda mais as ações da empresa. Ainda estamos explorando todo o potencial da Semaglutida, que é a molécula do Ozempic’, afirma Isabella em uma entrevista ao programa É Negócio, uma parceria entre NeoFeed e CNN Brasil, que será exibida no domingo, 2 de junho, às 20h45, na televisão e em todas as plataformas da CNN Brasil. No entanto, com base em estudos, a molécula tem potencial para ser utilizada em diversos tratamentos. ‘Estamos pesquisando novas terapias. Estamos investigando, por exemplo, o tratamento para gordura no fígado, doenças renais, e essa mesma molécula está sendo estudada para o Alzheimer’, revela Isabella. E continua, ‘Estamos em fase de ensaios clínicos e estamos otimistas de que teremos resultados positivos.’ A busca por novas aplicações da Semaglutida é crucial. Não só para encontrar tratamentos para outras condições, mas também para aliviar a pressão que a empresa enfrenta. Afinal, outras empresas farmacêuticas desejam desenvolver seu próprio ‘Ozempic’ e a patente deve expirar em 2026, permitindo o surgimento de genéricos. Questionada sobre isso, Isabella vê a concorrência como algo positivo. A justificativa é que o mercado é vasto, e metade da população global sofre com problemas de obesidade e excesso de peso. Na entrevista, disponível no link abaixo, a executiva também aborda temas como propagandas nas redes sociais, falsificação de medicamentos, inovação, a operação no Brasil, a relação com o SUS e a demora no processo de patenteamento de um medicamento no país – um problema que precisa ser resolvido.
Fonte: @ NEO FEED
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