Pressões sobre preços de energia elétrica e alimentos levaram o banco europeu a revisar cenário, adotando política monetária mais contracionista com taxa básica de juros para controlar a dinâmica dos preços e manter o poder de compra.
A inflação no Brasil continua a ser um desafio para o governo e o Banco Central (BC). Pressões sobre preços de energia elétrica e alimentos levaram o BNP Paribas a elevar a projeção para o IPCA em 2024, de 4,4% para 4,7%. Isso significa que a inflação pode ultrapassar o teto estabelecido pela autarquia, que é de 4,5%.
O aumento nos preços de energia elétrica e alimentos é um dos principais fatores que contribuem para a escalada da inflação. Além disso, o custo de vida também está aumentando, o que pode afetar a economia do país. O Banco Central (BC) precisa encontrar uma forma de controlar a inflação e manter a estabilidade econômica. Aumentar a taxa de juros pode ser uma opção, mas isso também pode ter consequências negativas para a economia.
Impacto da Inflação na Política Monetária
A possibilidade de uma inflação mais alta pode levar o Banco Central a endurecer a política monetária, aumentando a taxa básica de juros, a Selic, caso a previsão se confirme. É importante lembrar que os juros atuam como um controle de liquidez no mercado e são a ferramenta utilizada pela autoridade para controlar a inflação e preservar o poder de compra da população. Com juros mais altos, o volume de capital circulando no mercado diminui devido ao custo mais elevado de empréstimos e ao desincentivo ao consumo, o que ajuda a conter o ritmo de escalada dos preços por frear a demanda no mercado.
Consequências da Inflação no Custo de Vida
Por outro lado, juros mais baixos significam crédito mais acessível para a população e mais consumo. Portanto, um cenário de inflação controlada permite manter as taxas em níveis menores. Em relação à inflação de alimentos, a previsão do banco passou de 5,3% para 6,6% este ano, incorporando impactos da seca e a dinâmica dos preços da carne bovina. Essa mudança adiciona 0,20 ponto sobre a estimativa para o ano, de acordo com o relatório assinado pela economista Laiz Carvalho. Com uma leitura maior para o ano, o repasse da inércia para 2025 também aumenta. Assim, o BNP Paribas elevou a estimativa para o próximo ano de 3,8% para 4,0%.
Necessidade de Política Monetária mais Contracionista
Essas revisões confirmam a visão da necessidade de uma política monetária mais contracionista para apoiar a convergência da inflação até 2026, afirma o relatório do banco. A inflação continua a ser um desafio para a economia, e a política monetária precisa ser ajustada para controlar a escalada dos preços e preservar o poder de compra da população. Com informações do Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.
Fonte: @ Valor Invest Globo
Comentários sobre este artigo