Crescimento econômico robusto e histórico de reformas recentes motivaram a elevação do grau do mercado, tornando-o menos especulativo e mais atraente para investidores.
A agência internacional de classificação de risco Moody’s reajustou a classificação de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, mantendo uma perspectiva otimista para o país. Essa mudança reflete o desempenho econômico sólido do Brasil e o compromisso com reformas estruturais recentes.
A melhoria na nota de crédito é um indicativo de que o Brasil está no caminho certo em termos de gestão econômica e estabilidade financeira. Além disso, a classificação de risco positiva sinaliza que o país está se tornando um ambiente mais atraente para investidores, o que pode impulsionar o crescimento econômico a longo prazo. A confiança dos investidores é fundamental para o desenvolvimento sustentável do país.
Crédito: O Caminho para o Crescimento Econômico
As notas Ba1, Ba2 e Ba3 são consideradas de ‘grau especulativo’ para o mercado, mas as notas imediatamente acima (Baa3, Baa2 e Baa1) são classificadas como ‘grau de investimento’, um nível de confiança mais alto atribuído a um país pelas agências internacionais de risco. O Brasil conquistou essa classificação em 2008 e a perdeu em 2015. Com o grau de investimento, o país se torna um ambiente atraente para investidores, pois é considerado uma economia saudável e estável, com menor risco de calotes.
A Moody’s atualizou a nota de crédito do Brasil, refletindo melhorias materiais de crédito que esperam que continuem. Embora a credibilidade do fiscal no Brasil ainda seja moderada, o crescimento da economia e a adesão à meta fiscal permitirão que o peso da dívida se estabilize no médio prazo, embora em níveis relativamente elevados. A Fitch Ratings e a S&P Global Ratings elevaram o Brasil para BB no ano passado, dois graus abaixo do grau de investimento.
Reação da Fazenda e Perspectivas de Crescimento
O Tesouro Nacional afirmou que a elevação da nota de crédito do Brasil pela agência Moody’s reflete o reconhecimento dos avanços nas contas públicas, de um cenário propício ao crescimento e da solidez dos fundamentos da economia brasileira. O Ministério da Fazenda reafirma seu compromisso com a melhoria contínua dos resultados fiscais, empreendendo esforços para aumentar a arrecadação e conter gastos. Além de estabilizar a relação dívida/PIB, um balanço fiscal mais robusto contribuirá para a redução das taxas de juros e a melhoria das condições de crédito, criando um ambiente favorável à expansão dos investimentos públicos e privados.
A Fazenda destaca que a Moody’s mencionou a melhora significativa no crédito do país, que se deve ao desempenho robusto do crescimento do PIB e o histórico recente de reformas econômicas e fiscais. A agência chama a atenção para a relevância do compromisso com as metas fiscais e com a trajetória de estabilização da dívida/PIB, considerando esses fatores fundamentais para a perspectiva positiva do novo rating. Além disso, a agenda de transição energética do governo é ressaltada como um fator que não apenas atrai investimentos privados, mas também reduz a vulnerabilidade do país a choques externos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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