Objetivo climático brasileiro até 2035 define metas para reduzir gases-estufa, mitigar mudança-climática, promover desenvolvimento sustentável e combater desigualdade social por meio da economia renovável.
Em consonância com as metas globais, o governo brasileiro se comprometeu a reduzir as emissões de gases-estufa e promover mudanças climáticas a partir de 2023. Ao longo dos próximos 10 anos, as ações que visam mitigar o _economia de emissões_ serão implementadas e gerenciadas por meio de um dos principais instrumentos de políticas, a _Estratégia Brasileira de Redução de Emissões_.
As ações de redução de emissões serão direcionadas para setores com maior potencial de mudança, como indústria, agricultura e transporte. Além disso, ainda estão previstas medidas para abordar a desigualdade climática, que se evidencia em diferentes regiões do Brasil, como o Nordeste, que enfrenta desafios para sua resiliência climática. O desequilíbrio climático enfrentado pelo País pode ser revertido, à medida que as ações de redução de emissões forem implementadas e a economia circular comece a ganhar força.
Meta de redução de emissões no Brasil: o que está em jogo
O anúncio governamental de redução de emissões no Brasil foi um marco na COP29, em Baku, destacando a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) brasileira. Esta meta estabelece uma meta de redução das emissões entre 59% a 67% até 2035. O governo brasileiro afirma que esta meta coloca o Brasil no caminho certo para atingir a neutralidade climática até 2050.
Impacto das emissões no desequilíbrio climático
Em termos absolutos, o objetivo foca em uma redução entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente nos próximos 11 anos. O documento foi elaborado com base nos níveis de 2005. O CO2 equivalente (ou CO₂e) é uma unidade de medida usada para comparar o impacto de diferentes gases de efeito estufa (GEE) na mudança climática, levando em conta o potencial de aquecimento global de cada gás.
Estratégias para combater a desigualdade social e o desequilíbrio climático
Nossa NDC é muito mais do que simplesmente uma meta de redução de emissões para 2035: reflete a visão de um país que se volta para o futuro e que está determinado a ser protagonista da nova economia global, com energias renováveis, combate à desigualdade e comprometimento com o desenvolvimento sustentável. Disse o vice-presidente Geraldo Alckmin durante o evento. O governo brasileiro afirma que esta meta é crucial para combater a desigualdade social e o desequilíbrio climático, e que a redução das emissões é fundamental para que o Brasil alcançe a neutralidade climática até 2050.
Críticas à meta de redução de emissões do Brasil
No entanto, a análise do Observatório do Clima (OC) afirma que o plano é pouco ambicioso. De acordo com o OC, o Brasil precisa se comprometer a reduzir as emissões líquidas em 92% até 2035, um número bem maior que a meta estipulada. Essa porcentagem levaria o país a produzir cerca de 200 milhões de toneladas de gases de efeito estufa, bem menos do que os 850 milhões atuais prometidos pelo governo. A OC estima que as metas de redução de emissões propostas pelo governo brasileiro não são suficientes para resolver a situação climática do Brasil.
Desafios para alcançar a meta de redução de emissões
Aumentar a produção de energias renováveis pode ajudar a reduzir desigualdade social e o desequilíbrio climático, mas a transformação estrutural da economia necessária para um mundo de 1,5oC é um desafio significativo. A OC afirma que os compromissos já adotados pelo Brasil levariam a resultados melhores do que os previstos no NDC.
Fonte: @Olhar Digital
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