Infecção persistente por vírus é comum em jovens. Estudos epidemiológicos mostram relação com desenvolvimento de lesões cancerígenas.
HPV, também conhecido como papilomavírus humano, é um vírus que pode provocar diversos tipos de câncer, bem como verrugas na pele e nos genitais.
Os HPVs são uma preocupação de saúde global, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. A prevenção e o tratamento do papilomavírus são fundamentais para a saúde pública.
Importância da Vacinação contra o HPV
Estudos epidemiológicos revelam que aproximadamente 80% da população sexualmente ativa será infectada por algum tipo de HPV em algum momento da vida, tornando-o um dos agentes patogênicos mais comuns transmitidos sexualmente. A infecção por HPV, especialmente entre adolescentes e jovens adultos, ressalta a necessidade crucial da vacinação nessa faixa etária para prevenir complicações futuras.
A infecção persistente por certos tipos de HPV está diretamente associada ao desenvolvimento de lesões precursoras e diversos tipos de câncer em diferentes partes do corpo. Entre os tipos de HPV, o HPV 16 e o HPV 18 são os principais responsáveis pela maioria dos casos de câncer cervical e estão ligados a outros tipos de câncer, como anal, orofaríngeo, peniano e vulvar.
Essas neoplasias geralmente se manifestam muitos anos após a primeira infecção, destacando a importância da prevenção e vacinação precoce. Estudos epidemiológicos apontam que a vacinação de meninas de 12 anos nos Estados Unidos poderia prevenir anualmente mais de 200 mil infecções por HPV, 100 mil exames citológicos cervicais anormais e 3.300 casos de câncer cervical.
No Brasil, um estudo realizado na Universidade Federal da Bahia (UFBA) demonstrou que a introdução da vacina poderia reduzir em 76,18% o risco de morte por câncer do colo do útero, evitando 12.072 óbitos, a um custo médio de US$ 633.559,32 por óbito evitado. O Ministério da Saúde recomenda a vacinação contra o HPV para meninos e meninas de 9 a 14 anos, contraindicada para gestantes.
A vacinação precoce é fundamental para garantir proteção máxima contra os tipos de HPV mais perigosos, sendo mais eficaz quando administrada antes do início da atividade sexual. Além da redução do risco de câncer, a vacinação também contribui para a diminuição de doenças relacionadas ao HPV, como verrugas genitais.
O manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) recomenda a vacinação contra o HPV para casos especiais, como pessoas de 9 a 45 anos com doença oncológica em atividade, imunodeficiência primária, uso de drogas imunossupressoras, HIV/Aids ou transplantados de órgãos.
Apesar dos benefícios evidentes, a implementação da vacinação contra o HPV enfrenta desafios significativos, como barreiras sociais, culturais, econômicas e desinformação. A conscientização sobre a importância da vacina e a superação de mitos e resistências são essenciais para garantir a adesão e proteção contra o HPV.
Fonte: © CNN Brasil
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