CEO Otavio Lyra discutiu com analistas do BTG Pactual os planos da Vivara, destacando a posição privilegiada da empresa, forte ritmo e margem Ebitda.
O CEO da Vivara enfrentou um desafio sem precedentes em sua gestão, após a empresa sofrer uma queda acentuada no valor de suas ações. Com isso, o mercado passou a questionar a capacidade do CEO em manter a empresa entre as líderes do setor.
Diante dessa situação delicada, o Presidente do conselho de administração convocou uma reunião de emergência para discutir estratégias de recuperação. A pressão é grande sobre o CEO para reverter esse cenário desfavorável rapidamente.
A reviravolta no comando da Vivara: o desafio do CEO em reconquistar a confiança do mercado
A rápida trajetória de ‘queridinha’ a questionada teve início na noite de 15 de março, quando a empresa surpreendeu o mercado ao anunciar a renúncia do CEO Paulo Kruglensky e informar que Nelson Kaufman, fundador e maior acionista da rede, voltaria ao dia a dia para ocupar a posição privilegiada.
Na segunda-feira, dia 25, diante da reação bastante negativa do mercado, a Vivara recalculou o roteiro ao nomear o CFO Otavio Lyra como novo CEO e Kaufman como Presidente do board. A reengenharia não estancou, porém, a queda em suas ações e só reforçou as incertezas sobre a sua governança.
Desafios e planos do CEO Otavio Lyra em nova interlocução com analistas do BTG Pactual
A partir de agora, cabe a Lyra a árdua tarefa de resgatar a confiança e de tentar ‘limpar a barra’ da rede, ao restabelecer um novo diálogo com o mercado. O que ele já tem feito. Na quinta-feira, 27 de março, uma de suas primeiras interlocuções, agora como CEO, envolveu os analistas do BTG Pactual.
As mensagens e planos transmitidos por Lyra são o mote de um relatório divulgado nesta sexta-feira pelo banco. E, a princípio, o saldo de suas palavras foi favorável. O BTG manteve a recomendação de compra, apesar de reduzir o preço-alvo do papel, de R$ 41 para R$ 37.
Expansão e projeções futuras sob a liderança do CEO Otavio Lyra
‘Embora acreditemos que a incerteza persistirá no curto prazo e reconheçamos que isso pode impedir os investidores de comprar as ações mesmo após a recente queda, continuamos a ver fundamentos sólidos, agora negociados a um preço muito mais barato’, escreveram os analistas do BTG.
Na conversa, o CEO confirmou que a rede deve manter um forte ritmo de expansão no Brasil em 2024, com a meta de abrir entre 70 e 80 lojas. Essa visão otimista é respaldada pelo bom desempenho da Life, marca mais acessível da Vivara, em shoppings de baixa e média renda, e no interior do País.
Em relação à expansão internacional, um dos novos pontos colocados em pauta durante a gestão de apenas dez dias de Kaufman, Lyra confirmou que a Vivara está explorando essa tese e planeja abrir lojas-piloto no Panamá e no México. Segundo o executivo, esses projetos no exterior estão sendo planejados como testes de pequena escala, sem envolver grandes custos fixos, o que não deve afetar as margens de lucro.
Desafios e projeções futuras sob a liderança do CEO Otavio Lyra
O que, por sua vez, resultaria em um avanço de 17% na receita líquida e de 22% por ano no Ebitda ajustado, com margem Ebitda nos patamares de 28%, em 2024, e 32%, em 2027.
‘Para aumentar as vendas e a lucratividade, a Vivara está tentando melhorar a gestão de receitas na Life. Essa estratégia, juntamente com o maior foco em produtos de prata, melhor gestão de receitas e ajustes estratégicos de preços, deve aumentar as margens’, ressaltam os analistas.
Fonte: @ NEO FEED
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