O governo norte-americano busca proteger a segurança nacional por meio de regras para restringir invesimentos e tecnologias, especialmente inteligência artificial, computação quântica, a norte-americanos e encerrar críticas.
Em meio a crescente rivalidade geopolítica e chamada de uma guerra comercial, o Departamento do Tesouro dos EUA colocou em prática uma série de medidas para restringir e monitorar investimentos norte-americanos em tecnologia na China. A decisão foi divulgada em conjunto com o Departamento de Comércio dos EUA, que classificou o país e as regiões administrativas de Hong Kong e Macau como ‘de preocupação’.
Dentre as principais alterações propostas, destacam-se a necessidade de autorização para investimentos em empresas chinesas que atuam em setores como tecnologia da informação, defesa e inteligência artificial. Além disso, as empresas norte-americanas também devem informar os órgãos governamentais sobre qualquer transação com esses setores estratégicos e passar por um rigoroso processo de aprovação. Este processo visa contrabalançar o avanço da tecnologia chinesa na área de inteligência artificial e preservar a competitividade dos EUA em diversas áreas.
China: governo dos EUA restringe investimentos em tecnologias críticas
O governo dos EUA está restringindo investimentos em tecnologias críticas para evitar que elas sejam utilizadas em inovações militares da China, conforme comunicado pelo Tesouro americano. A medida visa proteger a segurança nacional dos EUA e limita o acesso de financiamento americano para tecnologias dos setores de Inteligência Artificial (IA), chips de computadores e computação quântica. A nova regulamentação entrará em vigor a partir de 2 de janeiro de 2025.
A regulamentação inclui regras para restringir o envio de materiais à China, como semicondutores ou softwares de IA, e impõe multas significativas para o descumprimento das regras. O Tesouro americano também pode aplicar multas de aproximadamente US$ 370 mil ou duas vezes o valor da transação.
O governo Biden buscou comentários de empresas e aliados dos EUA antes de divulgar a versão final das regras, que inclui algumas exceções, como investimentos na China que atendam aos interesses de segurança nacional americanos ou em certos derivativos e ativos chineses que não se enquadrem em potencial preocupação para a segurança americana.
O secretário-assistente do Tesouro para Segurança de Investimentos, Paul Rosen, afirmou que investimentos americanos podem significar mais do que recursos em dinheiro e que, assim, as regras incluem também ‘benefícios intangíveis’, como assistência em encontrar talentos ou em direcionar outras fontes de financiamento.
A medida foi bem recebida por alguns setores, que acreditam que ela pode ajudar a bloquear as ambições de alta tecnologia da China, uma das poucas questões que conta com amplo apoio em Washington. Por outro lado, outros setores podem ser afetados negativamente, como o líder da cidade de Hong Kong, que disse que a medida irá minar o investimento e o comércio, causando danos à cadeia de suprimentos global.
O Ministério das Relações Exteriores da China disse que o governo havia registrado um protesto nos EUA contra as regras e que a medida é uma ‘restrição ao investimento na China’, que será ‘firmemente’ oposta.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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