Coletar amostras de solo do lado da Lua em missões históricas de longo prazo para estudar minerais lunares em bases astronautas.
A Lua é um astro fascinante que desperta curiosidade e admiração em todo o mundo. Neste domingo, a China realizou um feito impressionante ao pousar uma espaçonave não tripulada no outro lado da Lua, marcando um marco importante em sua jornada espacial.
O satélite natural da Terra, a Lua, continua a ser alvo de exploração e descobertas. Com a missão de recolher as primeiras amostras do solo e de rochas do hemisfério lunar escuro, a China demonstra seu comprometimento com a pesquisa espacial e a expansão do conhecimento sobre nosso sistema solar. A presença da espaçonave não tripulada no outro lado da Lua representa um avanço significativo na exploração do cosmos.
Lua: A Potência Espacial da China
O recente pouso na Lua eleva o status da China como potência espacial em uma corrida global pela exploração de minerais lunares. Países como os Estados Unidos também estão de olho nessa missão, visando sustentar futuras missões de longo prazo de astronautas e bases lunares. A nave Chang’e 6, uma missão histórica equipada com uma série de ferramentas, pousou com sucesso em uma gigantesca cratera de impacto chamada South Pole-Aitken Basin, no lado da Lua voltado para o espaço, às 6h23, horário de Pequim, de acordo com a Agência Espacial Nacional da China.
A missão da Chang’e 6 envolve várias inovações de engenharia e enfrenta altos riscos e grande dificuldade. As cargas transportadas pelo módulo de pouso serão fundamentais para realizar missões de exploração científica na superfície lunar. Esta é a segunda missão da China ao outro lado da Lua, uma região até então inexplorada por outros países.
O lado da Lua voltado para longe da Terra apresenta desafios únicos, com crateras profundas e escuras que dificultam as comunicações e operações robóticas de pouso. Neil Melville-Kenney, um técnico da Agência Europeia Espacial envolvido na missão, destacou a complexidade de pousar nessa região devido à falta de comunicação direta e às sombras longas que podem interferir na automação do processo.
A sonda Chang’e 6 foi lançada em 3 de maio pelo foguete Long March 5, partindo do Centro de Lançamento de Satélites Wenchang, na ilha de Hainan, sul da China. Após cerca de uma semana, a nave chegou aos arredores da Lua e iniciou os preparativos para o pouso. Este é o terceiro pouso lunar do mundo este ano, seguindo as missões do Japão e dos Estados Unidos.
Durante a missão, o módulo de pouso da Chang’e 6 utilizará uma colher e uma furadeira para coletar 2 kgs de minerais lunares ao longo de dois dias. Essas amostras serão transferidas para um foguete de propulsão acoplado ao módulo, que retornará à órbita lunar e, posteriormente, à Terra. A previsão é que o pouso ocorra na região da Mongólia Interior, na China, em 25 de junho, marcando mais um marco na exploração lunar.
Fonte: @ Agencia Brasil
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