Estudo na Nature contesta origem do poderoso campo magnético solar em manchas solares na superfície, gerando tempestades e auroras.
O Sol apresenta um campo magnético intenso que origina manchas solares na sua superfície, resultando em tempestades solares que podem afetar o nosso planeta. Essas tempestades, como a recente que proporcionou belas auroras, são fenômenos naturais fascinantes que demonstram a influência do campo magnético solar em nosso sistema solar.
A compreensão do magnetismo solar e do campo magnético do Sol é essencial para desvendar os mistérios que envolvem as atividades solares e seu impacto na Terra. Desde os primeiros estudos realizados por Galileu Galilei, no século XVII, até as pesquisas modernas, os astrônomos continuam a explorar a complexidade do campo magnético solar e suas implicações em nosso universo.
Novas descobertas sobre o campo magnético solar
Explosões estelares podem ser 10 mil vezes mais potentes que solares, diz estudo. Deslumbrante show da aurora boreal poderá ser visto mais uma vez. Planeta semelhante a Netuno é achado em zona habitável de sistema estelar duplo.
Pesquisadores por trás de um estudo interdisciplinar apresentaram uma nova teoria em um relatório publicado na quarta-feira (22) na revista Nature. Ao contrário de pesquisas anteriores que diziam que o campo magnético do Sol tem origem no interior do corpo celeste, eles suspeitam que a fonte esteja muito mais próxima da superfície. O modelo desenvolvido pela equipe poderia ajudar os cientistas a entender melhor o ciclo solar de 11 anos e melhorar a previsão do tempo espacial, que pode interromper o GPS e os satélites de comunicação, além de encantar os observadores do céu noturno com belas auroras.
Veja fotos das auroras durante rara tempestade solar em 2024 1 de 8 Luzes do norte registradas no céu de São Francisco, na Califórnia, nos Estados Unidos, no dia 11 de maio de 2024 Crédito: Tayfun Coskun/Anadolu via Getty Images 2 de 8 Também conhecido como aurora boreal, o fenômeno iluminou o céu da Carolina do Norte, nos EUA Crédito: Peter Zay/Anadolu via Getty Images 3 de 8 A rara tempestade solar também teve seus efeitos na Europa; o céu ficou em um tom de roxo na Holanda Crédito: Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images 4 de 8 As luzes do norte também foram registradas na Alemanha Crédito: Matthias Balk/picture alliance via Getty Images 5 de 8 Outro registro na Alemanha mostra a mescla de roxo e rosa no céu Crédito: Lando Hass/picture alliance via Getty Images 6 de 8 O céu de Rochester, em Nova York, nos EUA, misturou o azul com verde após a tempestade solar Crédito: Lokman Vural Elibol/Anadolu via Getty Images 7 de 8 A auroral boreal também iluminou o céu na Espanha; o registro foi feito em Barcelona Crédito: Lorena Sopena/Europa Press via Getty Images 8 de 8 No Reino Unido, o céu ficou em diversas cores Crédito: Peter Byrne/PA Images via Getty Images.
Este trabalho propõe uma nova hipótese sobre como o campo magnético do Sol é gerado, que se ajusta melhor às observações solares e, esperamos, poderia ser usada para fazer previsões mais precisas da atividade solar,’ disse Daniel Lecoanet, professor assistente de ciências de engenharia e matemática aplicada na McCormick School of Engineering da Northwestern University e membro do Center for Interdisciplinary Exploration and Research in Astrophysics. ‘Queremos prever se o próximo ciclo solar será particularmente forte ou talvez mais fraco do que o normal. Os modelos anteriores (assumindo que o campo magnético solar é gerado no interior do Sol) não foram capazes de fazer previsões precisas ou (determinar) se o próximo ciclo solar será forte ou fraco,’ acrescentou.
As manchas solares ajudam os cientistas a rastrear a atividade solar. Elas são o ponto de origem para as explosivas erupções e eventos de ejeção que liberam luz, material solar e energia no espaço. A recente tempestade solar mostrou o poderoso campo magnético gerado pelo Sol através das manchas solares, marcando o início de um novo entendimento sobre o magnetismo solar e suas interações com o ambiente espacial.
Fonte: © CNN Brasil
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