Método Teoria de Resposta ao Item avalia coerência do desempenho. Candidato perde pontos por acertar questões difíceis, mas errar as fáceis.
Alguns candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem estar tentando ‘chutar’ as respostas em busca de uma nota alta, mas é importante lembrar que essa estratégia pode não ser eficaz.
Isso ocorre porque a nota final do Enem não é apenas uma soma do número absoluto de acertos, mas sim uma combinação das notas obtidas em cada uma das quatro provas, considerando também a nota de redação. Além disso, a nota do Enem é utilizada em várias oportunidades, como o vestibular para instituições federais e o exame nacional para admisão em instituições públicas, onde a nota obtida no Enem é utilizada como critério de seleção. Portanto, é crucial não apenas ‘chutar’ as respostas, mas sim estudar e se preparar de forma adequada para alcançar um desempenho satisfatório no Enem e, em última análise, aumentar suas chances de serem admitidos em instituições de ensino superior de qualidade.
Entendendo a Teoria de Resposta ao Item (TRI) do Enem
O método de correção utilizado pelo Enem, conhecido como Teoria de Resposta ao Item (TRI), prioriza o desempenho coerente dos candidatos. Isso significa que dois alunos que acertam o mesmo número de perguntas podem ter notas diferentes, dependendo do seu desempenho em relação às questões consideradas fáceis ou difíceis. A TRI é projetada para detectar os famosos ‘chutes’ e premiar os alunos que se prepararam efetivamente para a prova.
Por que a TRI é importante?
A TRI apresenta várias vantagens em relação ao método clássico de correção. Ela permite comparar candidatos que fizeram diferentes edições do exame, tornando improvável que dois concorrentes tirem exatamente a mesma nota. Além disso, o resultado final é divulgado com duas casas decimais, o que torna ainda mais improvável que dois candidatos tenham notas idênticas.
Estratégia para se dar bem na TRI
Para se dar bem na TRI, é fundamental ter uma estratégia de resolução eficaz. A dica é começar com as questões consideradas fáceis na primeira leitura, seguidas de perguntas médias na segunda leitura e, por fim, as questões mais difíceis na terceira leitura. Essa ordem pode ajudar a aumentar a nota em relação ao sistema TRI.
Questões fáceis, médias e difíceis
As questões fáceis são aquelas em que o estudante faz a leitura do texto e já sabe a resposta, ou, se é uma questão de exatas, quando ele sabe fazer os cálculos para obter a resposta certa. Já as questões médias são aquelas em que o aluno identifica o assunto, começa o exercício e depois esquece informação ou não sabe terminar o cálculo. Já as questões difíceis são aquelas em que o aluno não sabe nem começar ou é de algum tema que ele tem mais dificuldade.
Por que a nota não vai de 0 a 1.000?
A nota máxima na prova de Linguagens no Enem 2023 foi 820,8 e a mínima foi 287,0. Isso acontece porque o que determina os ‘extremos’ da nota é o grau de dificuldade das perguntas daquela edição. Quando a prova for composta por muitos itens fáceis, o máximo tenderá a ser mais baixo, e quando for formada por itens difíceis, o mínimo tenderá a ser mais alto.
Implicações para os candidatos
Além de entender como a TRI funciona, é fundamental ter uma estratégia de resolução eficaz para se dar bem na prova. Deixar uma questão em aberto pode comprometer a nota, especialmente se for uma questão considerada difícil. Portanto, é fundamental fazer uma leitura cuidadosa das questões e usar a estratégia de resolução adequada para cada tipo de questão.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo