Acidentes de carga em Magé despejam asfáltica e óleo no rio Suruí, poluindo o local e ameaçando a pesca, o que motivou medidas emergenciais de associações locais.
Comunidades pescadoras costearam o Rio São Francisco, mas seus sustentos agora estão ameaçados pela contaminação das águas. Moradores relatam problemas de saúde, como irritação na pele e intoxicações, e denunciam a falta de ações eficazes para resolver a situação e minimizar os impactos ambientais.
A contaminação das águas, causada por derramamentos industriais, pode levar a consequências graves para a saúde humana e o meio ambiente. A poluição do Rio São Francisco é um problema que afeta não apenas os moradores das comunidades pescadoras, mas também a biodiversidade da região. Em octubro de 2022, uma passeata foi realizada para chamar a atenção das autoridades para a necessidade de investigação, punição e apoio às famílias afetadas. A passagem de uma passeata pelo local reforçou a demanda por ações concretas para resolver a contaminação e proteger o meio ambiente.
Acidente Ambiental em Magé, RJ: Luta pela Recuperação do Rio Suruí
A contaminação do rio Suruí, em Magé, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, é um caso emblemático de danos ambientais. A situação se tornou mais crítica após o acidente com dois caminhões, ocorrido em 1 de outubro, que despejou cinco mil litros de emulsão asfáltica, gasolina e diesel na Baía de Guanabara.
A comunidade local, composta por pescadores e moradores, sofreu intensamente com a contaminação. ‘Estamos vendo um berço de vida destruído’, relata Vanilza da Conceição Gomes, uma das pescadoras afetadas. ‘Ninguém quer comprar conosco em medo de contaminação’, acrescenta, destacando a preocupação econômica e social que a poluição causou nas comunidades locais.
A contaminação desse rio chega a ser um derramamento de poluentes. A situação causou irritações na pele e intoxicação de moradores, incluindo a pescadora Vanilza, que está tomando remédio desde o acidente. ‘Minha garganta dói e meu neto também passou mal’, declarou ela.
O presidente da Associação de Caranguejeiros e Amigos dos Mangues de Magé, Rafael Santos Pereira, destaca a gravidade da situação. ‘Estamos lutando para que as autoridades assumam a responsabilidade, implementem medidas de recuperação e apoiem as famílias prejudicadas’, ressalta. Ele também lembra que estamos no período de proibição da pesca, para proteger a reprodução, agravando ainda mais a situação.
O acidente foi causado por dois caminhões que bateram na BR-116, no rio Suruí. Um dos veículos despejou gasolina e diesel; o outro, emulsão asfáltica. Isso levou a uma grande quantidade de poluentes na Baía de Guanabara, afetando negativamente a vida aquática e a saúde humana.
Medidas emergenciais, como instalação de boias de contenção, são insuficientes para resolver os problemas causados pelo acidente. O município de Magé é considerado um dos mais vulneráveis a desastres ambientais na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, segundo dados do mapa da desigualdade publicado em 2023.
A porcentagem de domicílios localizados em áreas de alto risco de alagamento em Magé é de 66%, superando a capital e mais do que o dobro da Baixada Fluminense. Isso torna a situação ainda mais crítica, exigindo medidas concretas de recuperação ambiental.
Fonte: @ Terra
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