Sistema de mobilidade: estações de trem, vagas de estacionamento, terminais municipais e meios de transporte são fundamentais, mas pouco citados em políticas públicas.
No Brasil, os bicicletários são uma opção cada vez mais popular para os ciclistas que buscam um local seguro para estacionar suas bicicletas. Existem bicicletários gratuitos e pagos, cada um com suas próprias regras e horários de funcionamento. Alguns bicicletários funcionam apenas durante o horário comercial, enquanto outros estão disponíveis 24 horas por dia. A escolha do tipo de bicicletário depende do usuário e de suas necessidades.
Além disso, os estacionamentos de bicicletas também são uma opção para os ciclistas. Alguns estacionamentos oferecem vagas gratuitas, enquanto outros cobram uma taxa. A segurança é um fator importante ao escolher um estacionamento de bicicletas. Em cidades como São Paulo, os bicicletários e estacionamentos de bicicletas são uma necessidade, especialmente em áreas com grande fluxo de ciclistas. A prefeitura e o estado trabalham juntos com concessionárias para garantir que os bicicletários e estacionamentos sejam seguros e eficientes, atendendo a cerca de 30% da demanda. A expansão dos bicicletários é fundamental para promover a mobilidade sustentável.
Infraestrutura de Bicicletários em São Paulo
Os bicicletários são mencionados em apenas três dos nove planos de governo de candidatas e candidatos à Prefeitura de São Paulo. Quatro propostas, apesar de prometerem expansão de ciclovias, não mencionam estacionamentos de bicicletas. Dois planos sequer os mencionam. Altino Prazeres (PSTU), Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) expressam intenção de expandir e integrar bicicletários a outros meios de transporte, como estações de trem e terminais municipais.
Os planos de governo de Marina Helena (Novo) e João Pimenta (PCO) não citam bicicletários e os demais candidatos, embora indiquem a importância de ciclovias e bicicletas, não preveem estacionamentos para elas. Segundo Flávio Soares, gerente de projetos da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), ‘os bicicletários aparecem muito genericamente nos planos de governo, mas são bem diferentes nos trens, metrôs e ônibus’.
Bicicletários em Terminais Municipais
Todos os terminais municipais de ônibus, hidroviários e estações do Expresso Tiradentes possuem bicicletários, totalizando 2.550 vagas. Os contratos passaram a exigir que as concessionárias monitorem a demanda e façam adequações. ‘Isso acontece só nos terminais com concessão, mas tinha que ser replicado em todos os meios de transporte’, acredita Daniel Guth, diretor-executivo da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike).
Segundo ele, ‘a maioria são tão ruins, tão fora do padrão de operação, que acaba não atendendo. Via de regra, quando o bicicletário vive vazio, é problema do bicicletário. Muita gente usa, mas muito mais gente poderia usar’. Guth defende que ‘se tivermos uma política de bicicletários em espaços públicos e privados, o uso de bicicletas vai bombar’.
Bicicletários em Estações de Trem
Existem 21 bicicletários junto às estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), com 5.985 vagas. Eles funcionam no mesmo horário das estações, gratuitamente. Há dois espaços administrados pela iniciativa privada, que fecham antes e abrem depois do horário das estações: em Santo André, é gratuito; em Mauá, pago. Na zona leste, os bicicletários atingem lotação máxima, como em São Miguel Paulista e Jardim Helena-Vila Mara. Atendem paulistanos e moradores de cidades vizinhas, como Guarulhos.
‘Ali tem uma demanda muito evidente, precisaria aumentar’, diz Soares. Na média, mais de 73 mil pessoas utilizaram os bicicletários por mês em 2024, com aumento de 12,3% em relação ao ano anterior. Apesar de bicicletários cheios, há estações com baixa procura, como em alguns terminais municipais.
Fonte: @ Terra
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