Uri Levine fundou a startup de sucesso Waze em 2006, antes chamada de FreeMap. Após mudanças no modelo de negócio, a empresa se tornou bilionária e foi adquirida por fundos de investimento.
Uri Levine, cofundador do Waze, acredita que startup de sucesso requer a capacidade de suportar dificuldades. Em 2013, ele vendeu sua empresa para o Google por US$ 1,1 bilhão, provando que a persistência é fundamental no mundo dos empreendimentos.
Além de saber lidar com desafios, é importante ter uma visão clara para o crescimento do empreendimento. Uri Levine é um exemplo de como a combinação de inovação e resiliência pode levar uma startup ao sucesso. O mercado de empreendimentos está em constante evolução, e aqueles que conseguem se adaptar e aprender com suas experiências têm maiores chances de se destacar no mundo dos negócios.
Desafios e Sucessos na Jornada de uma Startup Bilionária
Antes de se tornar o fundador de uma startup bilionária, porém, ele enfrentou alguns problemas – e isso teria sido fundamental para que ele conseguisse criar um unicórnio que revolucionou a indústria de mobilidade e que atualmente tem mais de 150 milhões de usuários ao redor do mundo.
‘Se você tem medo de falhar, você já falhou’, disse Levine, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, 21 de março, durante o South Summit Brazil, evento que o NeoFeed é parceiro de mídia. ‘Falhar é parte do processo.
Há um ditado japonês que diz: caia sete vezes e levante-se oito.’ A primeira falha veio com o FreeMap, a empresa que antecedeu o Waze e que tinha o mesmo propósito: criar uma forma de navegação inteligente pelas cidades. O problema enfrentado por Levine e por Ehud Shabtai em 2006 era a falta de investidores no negócio. Naquela época, o FreeMap não funcionava como o Waze.
O iPhone ainda não havia sido lançado, assim como a App Store – que criou um mercado bilionário de aplicativos para celular. O negócio parecia frágil para os grandes investidores. A história, que é retratada no livro ‘Apaixone-se pelo problema, não pela solução’, lançado no ano passado, mostra como a plataforma mudou ao longo dos anos até ser lançada, oficialmente, em 2009 já sob o nome Waze.
‘A parte mais difícil de empreender é sempre a próxima’, afirma Levine. Após o lançamento do aplicativo, a missão era convencer as pessoas a adotarem um serviço que elas mesmas teriam que desenvolver. Isso porque o Waze nasceu de forma colaborativa. Os mapas eram traçados pelos próprios usuários conforme eles trafegavam com a aplicação aberta por diferentes ruas e avenidas.
A coleta de informações é feita até hoje, uma vez que é por meio da localização dos usuários que o aplicativo indica quais ruas estão mais congestionadas e os melhores caminhos para seguir uma viagem. Durante sua palestra na quarta-feira, 20 de março, Levine afirmou que o Waze passou mais de um ano implementando mudanças em sua plataforma a partir do feedback dos usuários.
Enquanto fazia isso, adiou a expansão internacional da operação. ‘Tudo não passa de tentativa e erro’, disse. Presente em mais de 185 países, o Waze captou cerca de US$ 67 milhões em investimentos antes de ter sua operação adquirida pelo Google. Entre os investidores do negócio estavam gestoras como Horizon Ventures, BlueRun Ventures e Kleiner Perkins.
Ao comparar as negociações daquela época com o movimento atual de captação feito pelos empreendedores junto aos fundos de investimento, ele disse que este é ‘sempre um momento difícil’. ‘Criar valor para seu negócio leva tempo e não há atalhos’, observou. Para Levine, nem todas as empresas que estão no auge atualmente conseguirão manter a relevância ao longo da próxima década.
‘Alguns nomes que vão substituir essas companhias nós nunca nem mesmo ouvimos’, afirmou. Relacionados Duas gestoras e um debate: o que falta para a América Latina virar o novo Vale do Silício Investidores de growth recuperam o otimismo sem o ‘capital turista’ no País Mais seletivas, gestoras de early stage refinam a busca por startups de inteligência artificial
Fonte: @ NEO FEED
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