Levantamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia sobre Sistema de Alerta de Desmatamento em formações savânicas, queimadas e vegetação nativa em unidades federativas.
O desmatamento no Cerrado é um problema grave que afeta o meio ambiente de forma significativa. De janeiro de 2023 a julho de 2024, a perda de vegetação nativa nessa região resultou na emissão de mais de 135 milhões de toneladas de CO2, um volume alarmante que equivale a 1,5 vezes o total produzido pela indústria brasileira a cada ano.
Esse dado foi revelado por um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e divulgado recentemente. A destruição de vegetação no Cerrado é um processo que envolve a derrubada de árvores e a destruição de habitats naturais, resultando em uma devastação sem precedentes. É fundamental que sejam tomadas medidas para combater o desmatamento e proteger essa região única e importante para o meio ambiente. A preservação do Cerrado é essencial para o futuro do planeta.
Desmatamento no Cerrado: Um Problema Ambiental Grave
Os dados obtidos através do SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado) revelam um cenário alarmante de desmatamento no bioma. O sistema utiliza satélites ópticos do sensor Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia, para comparar imagens de áreas com um intervalo mínimo de seis meses e detectar a derrubada de árvores. O Cerrado, o segundo maior bioma do país, é formado por três tipos de vegetação: a savânica, a florestal e a campestre. A destruição das formações savânicas, que compõem 62% da vegetação do bioma, foi a mais significativa no período, respondendo por 88 milhões de toneladas de CO2 (65%) emitidas.
As queimadas de formações florestais geraram quase 37 milhões de toneladas de CO2, enquanto a destruição das formações campestres, que ocupam 6% da área do bioma, resultou na emissão de cerca de 10 milhões de toneladas. A região conhecida como Matopiba, que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, é a principal responsável por essa catástrofe ambiental. Os casos de incêndio nessas unidades federativas são o motivo da distribuição de 108 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera.
Impacto do Desmatamento no Cerrado
O volume de CO2 liberado na atmosfera corresponde a 80% do total registrado no bioma e à metade do dispersado pelo setor de transportes, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG). O estado com o maior volume de dióxido de carbono liberado foi Tocantins, com mais de 39 milhões de toneladas. No total, 273 mil hectares foram desmatados, e, tanto em 2023 como em 2024, a unidade federativa liderou o ranking de emissões provenientes da derrubada de formações savânicas e florestais, que acabaram representando, juntas, 98% do total do estado.
Em segundo lugar, aparece o Maranhão, com 35 milhões de toneladas de dióxido de carbono expelidas e 301 mil hectares de vegetação nativa devastada. O estado também lidera as emissões originadas pelo desmatamento de formações campestres (6 milhões de toneladas). A relação de estados que abrangem o bioma segue com Minas Gerais (6,9 milhões), Mato Grosso (6 milhões), Goiás (5,7 milhões), Mato Grosso do Sul (3,2 milhões), Pará (1,9 milhões), Rondônia (220 mil), Distrito Federal (81 mil) e São Paulo (2 mil). No Paraná, nada foi detectado no período.
Fonte: @ Agencia Brasil
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