Investidores de fundos perderam 1% do mercado nacional há cinco anos.
Desde o primeiro lançamento de um ETF na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), há 20 anos, a classe de investimentos tem crescido exponencialmente, oferecendo opções de investimento diversificadas aos investidores. O mercado brasileiro tem se destacado no oferecimento de ETFs como opção esclarecida para quem procura diversificar o seu portfólio.
Os ETFs de Índice são uma das opções mais populares, pois permitem que os investidores sigam o desempenho de um índice, como o ETF de Fundos de Investimento, sem necessidade de comprar e vender ativos individualmente. Além disso, os ETFs de Fundos de Bolsa oferecem uma forma mais acessível de investir em ações, permitindo que os investidores diversifiquem seu portfólio e reduzam o risco. O lançamento de ETFs de Renda Fixa há sete anos também tem sido um sucesso, oferecendo aos investidores uma opção mais segura e líquida para investir em títulos de renda fixa. Com a diversidade de opções disponíveis, é possível encontrar o ETF que melhor se adapta às necessidades e objetivos do investidor.
ETFs e o Desafio de Crescer no Brasil
A indústria de fundos brasileira enfrenta um desafio significativo com a classe de ETFs, que ainda representa apenas 1% do mercado, apesar de ter 20 anos de existência. Renato Eid, sócio e líder de estratégias beta e investimento responsável no Itaú Asset Management, destaca que esse percentual pode parecer pequeno, mas ainda há potencial de crescimento. Em 2021, os ETFs alcançaram o auge com R$ 43 bilhões em patrimônio líquido, correspondendo a 1,2% da indústria de fundos. No entanto, desde então, a classe tem enfrentado dificuldades para ultrapassar esse patamar.
O Custo e a Complexidade: Obstáculos para o Crescimento
O alto custo de manutenção dos índices e a complexidade envolvida na criação de novos produtos são fatores que contribuem para a limitação do crescimento dos ETFs no Brasil. Além disso, a falta de conhecimento sobre produtos de ETFs entre os investidores e a concorrência com outros ativos de investimento também são desafios significativos. Como afirma Eid, ‘o mercado brasileiro demora a evoluir nesse sentido’, o que torna esses produtos menos atraentes para os investidores.
O Papel do BNDES na Popularização dos ETFs
O BNDES tem desempenhado um papel importante na popularização dos ETFs no Brasil, tendo estruturado o primeiro ETF brasileiro, o PIBB, em parceria com a B3, em 2004. Hoje em dia, o banco público vê o mercado em um ponto que permite estudar a possibilidade de transformar sua carteira de renda fixa em uma cesta de ativos para ser acompanhada por ETFs. No entanto, ainda existem desafios a serem superados, como a necessidade de discutir e aprimorar índices.
Novas Oportunidades e a Aposta no Futuro
A indústria de fundos está apostando no futuro dos ETFs no Brasil, com novas oportunidades em mente. O BNDES está estudando a possibilidade de ‘encapsular’ sua carteira de renda fixa em uma cesta de ativos para ser acompanhada por ETFs. Além disso, existe uma ideia para um ETF de crédito da Amazônia, o que demonstra a aposta da instituição em produtos inovadores. A S&P Dow Jones, em parceria com a B3, organizou um painel com especialistas da indústria para discutir os desafios e oportunidades dos ETFs no Brasil.
O Futuro da Classe de ETFs no Brasil
O futuro da classe de ETFs no Brasil ainda é incerto, mas existem sinais de que a indústria está trabalhando para superar os desafios e aproveitar as oportunidades. Com a ajuda de instituições como o BNDES e especialistas como Renato Eid, é possível que os ETFs sejam capazes de crescer e se tornar mais populares no mercado brasileiro, trazendo mais opções para os investidores e aumentando a diversificação da classe de fundos.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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