Investir em capacitação interna e benefícios, mas escassez atrasa entregas e recusa novos contratos e termos: construção, civil, oferta, obra, programa Minha Casa, Minha Vida, tecnologia, trabalho remoto.
Afastando-se do modelo tradicional, muitas empresas estão se destacando por oferecer condições de trabalho inovadoras e competitivas, resultando na atração de mão de obra qualificada de alto nível. Nesse contexto, é fundamental manter a mão de obra engajada e motivada, pois profissionais desse perfil tendem a permanecer na organização por mais tempo e contribuir positivamente para o crescimento e desenvolvimento da empresa.
Conforme dados do Painel Emprego, 76,3% das empresas brasileiras enfrentam dificuldades para reter talentos, e muitas vezes isso é relacionado à falta de oportunidades de crescimento e desenvolvimento nas carreiras. Neste cenário, os colaboradores são fundamentais para o sucesso da empresa, e a gestão de mão de obra deve ser eficazmente conduzida para garantir que esses recursos humanos sejam aproveitados ao máximo. Com isso, é possível desenvolver uma rede de trabalhadores altamente qualificados e comprometidos, capazes de impulsionar a inovação e o crescimento da empresa.
Crise de mão de obra: 58,7% das empresas enfrentam dificuldade para absorver talentos
Uma pesquisa inédita, conduzida em outubro pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), mostrou que 58,7% das empresas no país enfrentam dificuldades para absorver ou reter talentos, um percentual que sobe para 60,4% no setor da construção civil. Essa crise de mão de obra é um entrave ao crescimento, especialmente nos setores de construção e serviços, onde a demanda por qualificados não é correspondida pela oferta.
Os trabalhadores, profissionais e colaboradores são os principais atores dessa crise, e muitas empresas precisam contratar a um valor mais alto para encontrar a mão de obra certa. Isso pode levar ao repasse de custos para o produto final, gerando inflação em um segundo momento. A construção civil é um setor mais afetado do que os demais, onde a oferta de mão de obra não tem crescido na mesma proporção que a demanda.
Construção civil: o setor mais afetado pela crise de mão de obra
A construção civil é um setor que sofreu um ciclo negativo e está apenas começando a se recuperar. Medidas de estímulo do governo, como a expansão do programa Minha Casa Minha Vida, impulsionam o setor, mas a oferta de mão de obra não tem crescido na mesma proporção que a demanda. Isso obriga as empresas a contratar a um valor mais alto, o que pode levar a um ciclo vicioso de inflação.
Os trabalhadores qualificados são o principal entrave para as empresas, especialmente nos setores de construção e serviços. A procura por mão de obra não qualificada também é alta, com destaque para os setores de indústria e serviços. Outro desafio é pagar salários mais altos, especialmente no setor de serviços, onde a competição por talentos e a possibilidade de trabalho remoto pressionam os salários.
Tecnologia da informação: um setor em que a competição por talentos é intensa
A tecnologia da informação é um setor em que a competição por talentos é intensa, especialmente em áreas como desenvolvimento de software e engenharia de dados. As empresas precisam contratar profissionais qualificados para manter-se competitivas, o que pode levar a uma corrida armamentista salarial. Esse fenômeno pode ter um impacto direto na inflação de serviços, que é considerada mais difícil de controlar pelo Banco Central.
Capacitação interna e benefícios: alternativas para resolver a crise de mão de obra
A pesquisa do FGV IBRE também perguntou como os empresários estão fazendo pra resolver esse problema de escassez de mão de obra. A saída tem sido investir em capacitação interna (44%) ou oferecer mais benefícios (32%). Na indústria, mais da metade das empresas estão investindo em capacitação interna, enquanto no setor de serviços, mais da metade estão oferecendo benefícios para atrair e reter talentos.
A construção civil é um setor em que a oferta de mão de obra não tem crescido na mesma proporção que a demanda. A expansão do programa Minha Casa Minha Vida impulsiona o setor, mas a oferta de mão de obra não tem crescido na mesma proporção que a demanda. Isso obriga as empresas a contratar a um valor mais alto, o que pode levar a um ciclo vicioso de inflação.
A tecnologia da informação é um setor em que a competição por talentos é intensa, especialmente em áreas como desenvolvimento de software e engenharia de dados. As empresas precisam contratar profissionais qualificados para manter-se competitivas, o que pode levar a uma corrida armamentista salarial. Esse fenômeno pode ter um impacto direto na inflação de serviços, que é considerada mais difícil de controlar pelo Banco Central.
A capacitação interna e os benefícios são alternativas para resolver a crise de mão de obra. As empresas estão investindo em capacitação interna para qualificar os trabalhadores, e oferecendo benefícios para atrair e reter talentos. A indústria e o setor de serviços estão liderando essa tendência, com mais da metade das empresas investindo em capacitação interna e oferecendo benefícios.
Fonte: @ PEGN
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