Bancos com Itaú, XP, Bradesco e UBS esperam cortes de despesas de R$ 40 bilhões em 2025, com ajustes nos programas sociais, incluindo o Benefício de Prestação Continuada, em 2025.
A falta de transparência do governo federal em relação às medidas que visam o cumprimento das metas fiscais até o ano de 2025 provocou uma série de especulações entre os bancos, que em última análise, são forçados a estabelecer cenários prováveis para os cortes necessários a serem realizados em diversas áreas de despesas para que o governo possa cumprir com a meta fiscal.
Além disso, a equipe econômica estabeleceu algumas propostas de alterações nos programas sociais, o que gerou uma série de discussões entre os setores econômico e social, tornando-se ainda mais complicado o cumprimento das metas do governo no curto prazo, exigindo uma administração eficaz para que tal meta seja alcançada. De outra forma, o governo poderá enfrentar sérias consequências, afetando da economia como um todo, com consequências que podem não ser reversíveis.
Embates internos no governo agravam a situação
O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta desafios significativos para implementar suas medidas de corte de gastos, principalmente nos programas sociais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discutiu as propostas com o presidente e ministros afetados, mas a expectativa de anúncio na quinta-feira, 7 de novembro, não se concretizou. Sem um pacote de medidas claras, a expectativa de queda na bolsa de valores e aumento do dólar persiste, com o Ibovespa fechando em 1,43% e o dólar subindo 1,09%.
O governo busca equilibrar o orçamento
O governo precisa ajustar o orçamento para atender ao limite de despesas estabelecido até 2026 e garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal. O Itaú estima que um ajuste de R$ 60 bilhões seja necessário, com R$ 25 bilhões em 2025 e R$ 35 bilhões em 2026. O estudo sugere que o governo possa alcançar esse objetivo com mudanças nas despesas sociais, como o seguro-desemprego e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além de ajustes estruturais, como alterações nos pisos constitucionais da saúde e da educação.
Desafios para o governo
A implementação de medidas de corte de gastos enfrenta resistências internas, o que agravou a situação. O governo precisa equilibrar as necessidades sociais com as restrições fiscais. A XP estima que o pacote de redução de gastos possa alcançar economias significativas, mas adverte sobre as dificuldades para manter o limite de despesas a partir de 2030.
Impacto na economia
O estudo da XP sugere que o pacote de redução de gastos tenha potencial de economizar R$ 32,7 bilhões em 2026 e R$ 145,5 bilhões no longo prazo, correspondente a 0,6% do PIB. Embora o potencial econômico seja relevante, a XP adverte sobre as dificuldades para garantir a sustentabilidade do arcabouço fiscal.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo