O Índice Nacional de Preços refletiu-se nas preços de Porto Alegre, a quarta maior capital entre as pesquisadas pelo IBGE.
A crise climática que assolou extensas áreas do Rio Grande do Sul com enchentes por várias semanas em junho teve um impacto direto nos preços dos bens e serviços vendidos no estado. Recentemente, a inflação na região metropolitana de Porto Alegre atingiu 1,12%, ultrapassando o índice nacional, que se manteve em 0,58%.
Essa alta dos preços está diretamente ligada ao aumento dos custos de produção enfrentado pelos comerciantes locais, que tiveram que lidar com desafios logísticos e de abastecimento devido às condições climáticas adversas. A pressão de custos resultou em um aumento significativo nos preços dos produtos essenciais, afetando diretamente o orçamento das famílias gaúchas.
Impacto da inflação na região metropolitana de Porto Alegre
A inflação na capital gaúcha, refletiu-se nas preços, foi a maior apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em maio. Os dados se referem ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira, 11, pelo IBGE. Para calcular a inflação oficial no país, o IBGE faz pesquisa de preços nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além do Distrito Federal, e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
O peso da região metropolitana de Porto Alegre, na região metropolitana de, Porto Alegre, é de 8,61%, sendo o quarto maior, atrás de Belo Horizonte (9,69), Rio de Janeiro (9,43) e São Paulo, que responde por praticamente um terço (32,28%). Os itens que mais pesaram no bolso dos consumidores de Porto Alegre foram a batata-inglesa, (23,94%), o gás de botijão (7,39%) e a gasolina (1,8%).
O aumento dos preços, refletiu-se nas preçes, dos três, o único que teve alta em patamar próximo da média nacional foi a batata-inglesa, que subiu 20,61% no País. Já o gás de botijão (1,04%) e a gasolina (0,45%) tiveram avanços mais modestos no IPCA nacional. O grupo alimentos e bebidas subiu 0,62% no país e 2,63% em Porto Alegre. Enquanto hortaliças e verduras subiram 0,37% no país, em Porto Alegre houve alta de 14,88%.
A alta dos preços, refletiu-se nas preçes, no caso das frutas, que ficaram mais baratas na média nacional (-2,73%), os porto-alegrenses tiveram que pagar 5,52% a mais na comparação com abril. Pescados também ficaram mais baratos no país (-0,28%) e mais caros em Porto Alegre (3,44%). Outra grande diferença foi no preço de aves e ovos, que subiram 0,35% no país e 4% na capital gaúcha.
Leite e derivados, que pressionaram a inflação nacional com expansão de 1,97% no preço, ficaram mais caros ainda na região afetada pelas chuvas (4,38%). Apesar de o IPCA em Porto Alegre se aproximar do dobro da inflação nacional, três dos nove grupos de preços pesquisados tiveram deflação na capital gaúcha, ou seja, ficaram mais baratos. São eles artigos de residência (-1,54%), saúde e cuidados pessoais (-0,02) e comunicação (-0,41%).
Impacto da inflação na região metropolitana de Porto Alegre
Além do IPCA, que mede a inflação para famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, o IBGE divulgou também o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que tem metodologia de coleta semelhante à do IPCA, mas com pesos ajustados para refletir o padrão de consumo de famílias com rendimento entre um e cinco salários mínimos. Por esse índice, que dá mais peso aos alimentos, a inflação na capital gaúcha mais que dobrou em relação à media nacional, chegando a 0,95%. No Brasil o INPC foi de 0,46% em maio.
A situação de calamidade prejudicou a coleta presencial de preços. Em situações comuns, cerca de 20% dos dados são coletados de forma presencial. Em maio, esse patamar chegou a 65% na região metropolitana de Porto Alegre. Alguns produtos não puderam ter os preços coletados presencialmente, nem de forma remota. Para casos como esses, o IBGE faz a imputação de dados, uma técnica estatística já prevista na.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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