Mistério: Arco-íris ondulado surgiu no fiordo etéreo de Itilliarsuup Kangerlua, no Círculo Polar Ártico. Gleiras de Sisoortartukassak e Kangilleq, pequena ilha base, superfície do fiordo. Milhares de pequenos fragmentos de iceberg deslocaram-se, forma perfeita na paisagem estelar. Onda: deslocamento, ruptura.
O satélite Landsat 9, do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) e da NASA, registrou a visão de um arco de onda misteriosa em um fiorde etéreo repleto de icebergs nas profundezas do Círculo Polar Ártico. Mesmo com diversas especulações sobre a misteriosa onda, talvez nunca desvendaremos o que realmente ocorreu, destaca o LiveScience.
Enquanto alguns atribuem a onda a um possível deslocamento branco, outros acreditam que poderia ser um fenômeno único e peculiar da natureza, desafiando nossa compreensão. A verdade é que mistérios como esse sempre nos encantam e instigam a imaginação, nos levando a explorar novas possibilidades e questionar o desconhecido, expandindo assim nossos horizontes infinitos.
O mistério da onda peculiar no fiorde Itilliarsuup Kangerlua, na Groenlândia
No pitoresco fiorde Itilliarsuup Kangerlua, localizado na Groenlândia, emerge um arco curioso, emoldurando a paisagem como um enigma a ser desvendado. Esse fiorde faz parte do sistema fiorde Uummannaq, a oeste do país, a aproximadamente 740 km da capital Nuuk. Com cerca de 2,6 km de extensão, o fiorde se destaca por sua estreiteza, esculpido pela ação das geleiras Sisoortartukassak e Kangilleq, separadas por uma pequena ilha na base do fiorde, conforme relatos do Observatório da Terra da NASA.
Durante o verão, a superfície do fiorde se enche de milhares de pequenos fragmentos de iceberg, liberados das imponentes geleiras que o circundam. Essa cena se assemelha a uma paisagem estelar, proporcionando uma visão única, digna de um observatório espacial capturando imagens de telescópio de campo profundo.
A característica mais marcante que intriga os observadores é um fino arco branco que corta o fiorde, causando espanto e curiosidade. O Observatório da Terra indica que essa formação pode ser atribuída a uma onda de deslocamento, que se elevou no fiorde antes de se afastar das massas de gelo. A especulação sobre a origem desse fenômeno aponta para um possível desprendimento de um enorme pedaço de gelo da geleira Kangilleq, que ao cair na água, gerou a onda, remetendo às ondas geradas ao lançarmos uma pedra em um lago tranquilo.
Pautando-se em observações anteriores, padrões semelhantes de ondas decorrentes de eventos de ruptura foram registrados quando icebergs se separaram de outras geleiras da Groenlândia, como em 2021. Josh Willis, oceanógrafo do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, sugere que a forma perfeita do arco e a direção da onda se alinham com o que é esperado em situações de quebra de gelo, compartilhando a opinião de Dan Shugar, geomorfologista da Universidade de Calgary, e Mike Wood, glaciologista do Moss Landing Marine Laboratories, na Califórnia, EUA, segundo informações do Observatório da Terra.
Fonte: @Olhar Digital
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