Como os jovens podem aprender sobre investimentos? Educação financeira é essencial para tomada de decisões conscientes. A base é a pirâmide do conhecimento.
No mês de junho, decidi explorar uma nova estratégia de investimento. Não, não estou buscando enriquecimento rápido; meu objetivo é a construção de um futuro financeiro sólido. Optei por chamar essa abordagem de ciclo de crescimento. Tudo teve início quando me deparei com um artigo do renomado especialista em investimento Gustavo Cunha, que compartilhava insights sobre a importância de diversificar e manter uma visão de longo prazo em relação aos investimentos.
Ao longo do segundo semestre, tenho me dedicado a aprimorar minhas aplicações financeiras. Não, não estou buscando soluções milagrosas; meu foco é a consistência e a disciplina. Seguindo as orientações do experiente investidor Gustavo Cunha, tenho buscado entender melhor o mercado e identificar oportunidades de investimento que estejam alinhadas com meus objetivos financeiros a longo prazo.
Reflexões sobre o comportamento do investidor
Ele costumava ser mais ousado à medida que envelhecia, o que vai contra muitas expectativas. Refletindo sobre isso, escrevi um artigo concordando que a ideia comum de que os jovens são mais propensos a correr riscos por serem jovens carece de um aspecto crucial: o conhecimento e a maturidade necessários para lidar com decisões de investimento. Isso me fez repensar a abordagem de Gustavo.
Muitas teorias partem do pressuposto de que nossa maturidade é constante dos 18 aos 80 anos. No entanto, percebi que talvez devêssemos encorajar os jovens a serem mais conservadores, permitindo que se tornem mais agressivos à medida que adquirem conhecimento, desde que preservem seu capital.
Nossa série de artigos não parou por aí. Desafiei minha colega Ana Leoni, também colunista do Valor Investe, a discutir o tema nas redes sociais. Ela trouxe insights interessantes sobre a visão do risco pelo ser humano, destacando como cada pessoa percebe o risco de maneira única.
Ana enfatizou que fatores como idade, contexto familiar, ambiente social e personalidade influenciam a relação de cada um com o dinheiro e a percepção do risco. Ao unir os artigos de Gustavo, o meu e o de Ana, senti que compreendi melhor a faixa etária dos 18 aos 80 anos.
A teoria tradicional que associa a juventude à disposição para correr riscos é simplista. Ignora o papel do conhecimento na tomada de riscos ao longo da vida e outros elementos que moldam a percepção do risco, independentemente da idade.
Agora, surge a questão: o investimento é um tabu para menores de idade? Decidi investigar de forma empírica. Observando minhas filhas, sobrinhos e amigos com filhos, percebo que aos 3 anos, como minha filha Cora, a criança ainda não compreende totalmente risco e retorno. Os pais protegem e suprir todas as necessidades básicas, tornando tudo simples, acessível e gratuito.
Embora a criança comece a entender limitações financeiras, como não poder comprar tudo em uma loja de brinquedos, ainda lida com frustrações de forma simples: chorando. No entanto, a tristeza logo é substituída por algo mais interessante, demonstrando uma capacidade de superação rápida. Essa fase inicial é mais sobre descoberta e curiosidade do que sobre investimento propriamente dito.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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