A empresa World inicia operação no Brasil com tecnologia de escaneamento de íris, combate a perfis falsos com ferramenta de segurança de inteligência artificial cocriada.
A chegada da World em território nacional marca um novo capítulo na íris do desenvolvimento tecnológico brasileiro. Este projeto, criado pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, visa escanear a íris da população brasileira, sem qualquer custo para os interessados. Nesse sentido, é preciso abordar a questão de segurança e privacidade, pois a coleta de dados oculares implica uma interferência direta na esfera íntima das pessoas.
Além disso, a World visa atender a uma preocupação crescente: a distinção entre humanos e robôs criados por inteligência artificial (IA). Nesse contexto, a tecnologia de íris pode se tornar um elemento crucial nesse processo, ajudando a identificar órgãos oculares únicos e distinguir âniros ou não. Contudo, a implementação de tal medida deve ser cuidadosamente avaliada para não violar a privacidade dos cidadãos e garantir a segurança do olho de todos.
Ferramenta de Segurança no Olho
A tecnologia está mudando o mundo de maneira significativa, especialmente quando se trata de prevenir perfis falsos em sites e redes sociais. No entanto, uma das inovações mais intrigantes é a utilização da íris para substituir captchas, ferramentas de segurança que verificam se o acesso é feito por um humano ou um robô. Com inteligência artificial capaz de enganar essas checagens, a World está liderando a revolução.
Durante o segundo semestre do ano passado, a World disponibilizou três locais de atendimento em São Paulo como parte de um teste para a coleta de íris. Embora os serviços tenham sido descritos como não permanentes na época, a empresa já opera em diversas regiões, incluindo os Estados Unidos, México, Espanha, Portugal, Alemanha e Japão.
Projeto de Identificação Biométrica
A coleta da íris começou a ser realizada em dez pontos da cidade de São Paulo, e a empresa afirma que esses endereços podem ser verificados em seu site oficial. A coleta é gratuita para todos os interessados. O projeto é liderado por Altman e Alex Blania, fundadores da Tools for Humanity, empresa responsável pela operação da World.
A estrutura da World tem três frentes: o World ID, que transforma o registro da íris em uma sequência numérica; o Token Worldcoin (WLD), a criptomoeda que será distribuída como recompensa para todos os inscritos; e o World App, o aplicativo que permite fazer transações com a criptomoeda. Esse projeto gera polêmica devido à falta de detalhes sobre como vai tratar as informações coletadas, levantando questões sobre a privacidade das pessoas.
Consequências para a Privacidade
O diretor do Data Privacy Brasil, Rafael Zanatta, argumentou que mesmo que a imagem da íris seja removida, o identificador único permanece e pode ser reutilizado para autenticações, gerando receio de exploração. A análise do Instituto da Hora também destaca a delicadeza de coletar códigos genéticos de pessoas, questionando a afirmação de que a coleta é necessária para protegê-las.
Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, afirma que a empresa conversa e trabalha com órgãos regulares em cada país, no caso do Brasil, em tratativas com órgãos reguladores.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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