A juíza Andréa Calado da Cruz autorizou a operação para integração de carros de luxo, envolvidos em esquema de jogos ilegais, com lavagem de dinheiro e veículos de luxo.
A Polícia Civil de Pernambuco foi autorizada por uma juíza para utilizar carros de luxo apreendidos em uma operação que investiga o suposto esquema de lavagem de dinheiro, envolvendo o cantor Gusttavo Lima e a influencer Deolane Bezerra.
A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, concedeu permissão a Polícia Civil para usar os veículos por sete meses. Contudo, não há informações sobre o que será feito com esses carros após o prazo. Alguns setores da sociedade já questionam se a medida é apropriada, argumentando que nem a Polícia Civil precisa de carros caros para trabalhar efetivamente. Outros sugerem que os veículos devem ser vendidos e os recursos aplicados em ações mais importantes da polícia. Vai ser um desafio para a Polícia Civil manter esses carros e, ao mesmo tempo, cumprir com os seus objetivos.
Operação Integration: Polícia Civil usa veículos de luxo como ferramenta de integração com a comunidade
A Polícia Civil de Pernambuco está utilizando veículos de luxo, incluindo uma Ferrari avaliada em R$ 7 milhões, como ferramenta de integração com a comunidade em uma operação contra crimes de colarinho branco. A decisão foi publicada em 30 de outubro pela juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, e visa garantir a preservação dos bens e mostrar à população, especialmente às crianças e adolescentes, a atuação da instituição contra delitos de colarinho branco.
Entre os veículos, estão uma Land Rover RRS P530 LE e uma Ferrari Purosangue, avaliada em R$ 7,1 milhões, adquirida por Darwin Filho em 24 de julho deste ano. A medida atende a um pedido da Polícia Civil e visa conscientizar a população, especialmente a juventude, sobre a atuação da Polícia Civil no combate a crimes de colarinho branco e na luta contra organizações criminosas.
A exposição dos veículos deve seguir a diretriz pedagógica, visando conscientizar a população, especialmente a juventude, sobre a atuação da Polícia Civil no combate a crimes de colarinho branco e na luta contra organizações criminosas. Afinal de contas, a educação é uma ferramenta poderosa de empoderamento, afirmou a juíza na decisão.
A operação foi deflagrada em 4 de setembro, com o cumprimento de mandados de prisão, incluindo os de Deolane Bezerra e da mãe dela, Solange Bezerra, e de busca e apreensão em Pernambuco e nos estados da Paraíba, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Goiás. O avião de Gusttavo Lima foi apreendido no aeroporto de Jundiaí, no interior paulista, e o cantor estava na Grécia, para onde havia viajado em 1º de setembro na companhia de Rocha Neto e Aislla, casal de empresários investigado na mesma operação.
Em 9 de setembro, o Tribunal de Justiça de Pernambuco permitiu que Deolane fosse para prisão domiciliar, com uso de tornozeleleira eletrônica, e proibida de se manifestar por meio de redes sociais, imprensa e outros meios de comunicação. No entanto, ao deixar a Colônia Penal Feminina do Recife, Deolane falou com a imprensa e com fãs que se aglomeravam no local. Em seguida, postou uma foto no Instagram em que aparece com a boca coberta por uma fita, com a inscrição de um ‘X’ no meio.
Em 10 de setembro, Deolane teve a prisão domiciliar revogada e voltou a ser presa. Em 15 de setembro, Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Em 23 de setembro, a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, decretou a prisão preventiva de Gusttavo Lima e do empresário dele, Bóris Maciel Padilha.
O esquema de lavagem de dinheiro envolvia a compra de veículos de luxo, incluindo a Ferrari, e a utilização de jogos de azar para lavar dinheiro. A Polícia Civil encontrou também veículos de luxo em esquemas de lavagem de dinheiro em outros estados. A operação envolveu a Polícia Civil, a Polícia Federal e o Ministério Público.
Fonte: © Direto News
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