Rinaldo Luiz de Seixas Pereira deve manter distância mínima de 300 metros da cantora gospel Denise, seus familiares e testemunhas do processo.
A pastora e cantora gospel Denise Seixas, esposa do pastor Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, o apóstolo Rina, líder da igreja evangélica Bola de Neve, garantiu na justiça um afastamento contra o marido após relatar casos de violência psicológica, injúria e difamação. Segundo a determinação, o apóstolo terá que manter uma distância mínima de 300 metros da esposa, seus familiares e testemunhas do caso, como forma de assegurar a segurança e o bem-estar de todos envolvidos.
Essa medida protetiva foi uma decisão judicial necessária para garantir a integridade de Denise e das pessoas próximas a ela, demonstrando a importância da proteção judicial em situações de conflito e violência doméstica. É fundamental que casos como esse sejam tratados com seriedade e que as vítimas encontrem amparo e suporte para superar essas adversidades com dignidade e segurança.
Decisão Judicial determina Afastamento de Pereira e Medidas Protetivas
O Conselho Deliberativo da congregação decidiu afastar Pereira de suas funções de liderança na igreja evangélica Bola de Neve. O apóstolo, conhecido como Rina, nega veementemente as acusações e afirma confiar na apuração ‘técnica e isenta’ dos fatos. Além do afastamento, a decisão judicial também proíbe Pereira de manter qualquer tipo de contato com a vítima, mesmo que seja por intermédio de terceiros.
A advogada de Denise, Gabriela Manssur, destacou que a cantora gospel Denise vinha sofrendo um processo de violência psicológica, resultando em intenso sofrimento. Segundo a defensora, devido à grande repercussão do caso, Denise encontra-se em um local protegido e se recusa a dar declarações à imprensa.
A 9ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) instaurou um inquérito policial para investigar o caso, e medidas protetivas de urgência foram concedidas à vítima. Diversas acusações, como ameaça, difamação, injúria, lesão corporal, violência doméstica, falsidade ideológica e violência psicológica contra a mulher, foram registradas na última segunda-feira, 10, de acordo com a Polícia Civil.
Antes do afastamento anunciado pelo conselho da igreja, o apóstolo Rina já havia comunicado sua decisão de se afastar temporariamente de suas funções, alegando que precisava cuidar da saúde mental da mulher que, segundo ele, estava passando por crises de ansiedade. Essa declaração foi feita durante um culto transmitido nas redes sociais no dia 2.
No domingo seguinte, dia 9, o perfil oficial da Igreja Bola de Neve no Instagram compartilhou uma mensagem aos fiéis sobre o afastamento do fundador. O comunicado expressava pesar e tristeza em relação aos acontecimentos recentes envolvendo o Ministério Bola de Neve. O Conselho Deliberativo, em conjunto com o apóstolo Rina, optou pelo afastamento do fundador para que ele possa se dedicar integralmente a esclarecer as acusações e cuidar de sua saúde e de sua família.
Após pedir desculpas por possíveis falhas e falta de atenção aos fatos apresentados, o conselho informou ter tomado medidas para preservar a integridade e santidade da estrutura eclesiástica. Entre as ações estão a criação de um canal de ouvidoria para reportar falhas e má conduta, a formação de um conselho de ética para investigar as irregularidades, e a revisão do regimento interno da igreja para evitar situações semelhantes no futuro.
A assessoria do apóstolo Rina reiterou sua negação em relação às acusações de violência e expressou confiança na investigação imparcial da Polícia Civil e do Ministério Público. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) foi contatado pela reportagem para mais informações sobre o caso e aguarda retorno.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo