Deputada Célia Xakriabá emite nota de repúdio à crise humanitária na demarcação de terras indígenas, contra garimpo ilegal.
Arthur Lira (PP) tomou a decisão de incluir Célia Xakriabá (PSOL) como integrante da comissão, nesta quarta-feira (22). A formação de uma comissão externa da Câmara dos Deputados para investigar a crise humanitária na Terra Yanomami gerou revolta entre os indígenas.
A comissão agora investigará de perto a situação na região, buscando soluções eficazes para a crise. A inclusão de Célia Xakriabá (PSOL) como membro da comissão demonstra um passo importante em direção à representatividade e diversidade no processo de investigação.
Comissão investigará a crise humanitária na demarcação de terras indígenas
Segundo a nota de repúdio divulgada recentemente, diversas entidades expressaram sua preocupação com a postura dos deputados em relação à demarcação de terras e aos direitos das populações indígenas. Diante desse cenário, a comissão designada para investigar a crise humanitária dos yanomamis ganhou destaque.
Após intensa mobilização, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), decidiu incluir Célia Xakriabá (PSOL) como membro da comissão. A maior terra indígena do Brasil, lar de diversos povos Yanomami, está no centro das discussões.
Célia Xacriabá, primeira parlamentar a visitar o território em 2023, destacou a gravidade da situação, com o aumento do garimpo ilegal e do genocídio incentivado. Sua nomeação para a comissão foi vista como um passo importante.
Notícias recentes revelam que o garimpo e a malária continuam assolando os yanomamis, com comunidades inteiras contaminadas por mercúrio. A comissão externa, criada por ato da presidência da Câmara, tem como objetivo investigar a crise humanitária em andamento.
Sob a coordenação da deputada Coronel Fernanda (PL), a comissão se prepara para sua primeira reunião em julho, onde será discutido o plano de trabalho. Além de Célia Xacriabá, Silvia Waiapi (PL), ex-secretária de Saúde Indígena, também fará parte dos trabalhos.
A manifestação de repúdio de diversas entidades destacou a preocupação com a utilização política da situação dos yanomamis. A defesa do garimpo e da mineração em territórios indígenas tem gerado indignação.
A tese do Marco Temporal, apoiada pelos parlamentares designados inicialmente, foi duramente criticada. Mesmo considerada inconstitucional pelo STF, a lei foi promulgada, gerando questionamentos sobre os direitos das populações indígenas e a demarcação de terras. A presença de Célia Xacriabá e Silvia Waiapi na comissão traz esperança de um olhar mais atento para as questões enfrentadas pelos povos indígenas.
Fonte: @ Nos
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