Dissolução do Parlamento francês para eleições legislativas antecipadas não é golpe, seguindo a Constituição e os legisladores do país.
O presidente francês, Macron, declarou em uma entrevista divulgada nesta terça-feira (11) pela revista ‘Figaro’ que não renunciará, ‘seja qual for o desfecho’ das eleições parlamentares que ele adiantou na França.
As eleições para membros da Assembleia Nacional, o congresso da França, estavam programadas apenas para 2027, mas Macron optou por antecipar o pleito para os dias 30 de junho e 7 de julho de 2024.
Emmanuel Macron, o atual presidente francês, reafirmou sua posição em relação às eleições legislativas durante a entrevista. Ele destacou que sua decisão de antecipar a votação foi tomada visando o melhor interesse do país. Macron enfatizou a importância da participação cívica e do debate político saudável para a democracia em seu país.
Macron: Decisão Pós-eleições Europeias
Emmanuel Macron, presidente francês, tomou uma decisão importante após as eleições de domingo para o Parlamento Europeu. O partido Reagrupamento Nacional (RN), de extrema direita, saiu vitorioso sobre o Renascimento, de Macron. A dissolução do Parlamento da França já ocorreu em outras ocasiões, seguindo o que está previsto na Constituição francesa. Macron pode permanecer como presidente até 2027, mas agora enfrenta a possibilidade de compartilhar o poder com um governo de orientação política diferente.
Macron: Possíveis Desdobramentos
Emmanuel Macron corre o risco de enfrentar uma situação de ‘coabitação’ se a extrema direita dominar o Legislativo. Isso significaria que Macron teria que nomear um adversário como primeiro-ministro, que por sua vez escolheria os ministros do gabinete. Esse cenário, embora legal, é considerado incomum na política francesa.
Macron: Desafios e Cenários
O partido governante de Macron, Renascimento, detém a maioria na Assembleia Nacional, com 169 deputados. No entanto, o Reagrupamento Nacional de Marine Le Pen, principal partido de oposição, possui 88 assentos. O desempenho do Reagrupamento Nacional nas eleições europeias refletiu o descontentamento dos eleitores em questões como imigração, violência e custo de vida.
Macron: Coabitação e Histórico
A ‘coabitação’ na política francesa já ocorreu três vezes desde a fundação da Quinta República em 1958. Nesse cenário, presidente e primeiro-ministro são de partidos políticos diferentes, resultando em uma divisão de responsabilidades. Se a extrema direita assumir o parlamento, Macron terá que lidar com essa realidade política.
Macron: Possíveis Futuros
Caso a extrema direita ou outro partido vença a maioria no parlamento, Macron será confrontado com a necessidade de trabalhar em conjunto com um primeiro-ministro de orientação política oposta. Esse tipo de ‘coabitação’ pode trazer desafios e mudanças significativas na dinâmica do governo francês.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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