A mobilidade urbana em SP enfrenta entraves significativos, complexidade da maior cidade agrava o desafio de transporte público e meio de transporte individual não atende metas estabelecidas.
São Paulo enfrenta problemas de mobilidade em sua infraestrutura, afetando negativamente a qualidade de vida dos moradores.
A complexidade do tráfego e a insuficiência de mobilidade eficiente contribuem para a lentidão no deslocamento diário dos paulistanos, gerando estresse e perda de tempo para o transporte na cidade.
Mobilidade Urbana: Um Desafio Para São Paulo
A cidade de São Paulo enfrenta um dilema relacionado à mobilidade, com o tempo médio de deslocamento na cidade aumentando para 1h53 em 2023, após uma leve redução para 1h38 em 2024. A pesquisa realizada pelo IPEC, Rede Nossa São Paulo e o Instituto de Cidades Sustentáveis destaca a necessidade de soluções eficazes para a mobilidade, com ênfase na redução do transporte individual e no aumento do uso de transportes alternativos.
A Mobilidade em São Paulo: Um Retrato
Os dados mostram que a população se locomove principalmente por ônibus e carros, mas o uso de carros aumentou, enquanto o percentual de usuários de ônibus diminuiu. Além disso, 24% dos usuários de carro não pretendem deixar de usá-lo, e outros 19% que ainda não possuem um veículo pretendem adquiri-lo. Isso é preocupante, especialmente diante das metas estabelecidas no Plano de Ação Climática do Município de São Paulo 2020-2050 – PlanClimasSP.
O Setor de Transporte e as Emissões de CO2
O último Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) do município (2020) mostra que o setor de transporte é responsável por aproximadamente 60% das emissões de CO2, totalizando cerca de 7 milhões de toneladas. É imperativo revisar urgentemente as políticas públicas para impulsionar os meios de transporte alternativos e tornar o transporte público mais sustentável, com foco especial em sistemas como trens e metrôs.
A Micromobilidade Urbana e a Mobilidade
Meios alternativos de locomoção, como bicicletas e caminhadas, devem ser priorizados, especialmente no contexto da micromobilidade urbana. No entanto, atualmente, apenas 1 em cada 10 paulistanos utiliza a bicicleta como meio de transporte, enquanto 76% afirmam que nunca a utilizam. A resistência aos meios alternativos de mobilidade urbana fica clara ao observarmos as principais reclamações da população: insegurança nas faixas de pedestres, má qualidade das calçadas, dificuldade de travessia em pontes e viadutos, e falta de segurança nas ciclovias.
Desafios e Oportunidades
A população afirma que adotaria o uso de bicicletas se houvesse mais segurança nas vias, maior proteção contra roubos, melhor conectividade das ciclovias e sinalização aprimorada. Incentivos econômicos, como subsídios para a compra de bicicletas, também podem ser uma opção para estimular o uso de meios alternativos de transporte. É hora de São Paulo se unir para criar uma mobilidade sustentável e eficaz, priorizando a segurança, a conectividade e a acessibilidade para todos.
Fonte: © Estadão Imóveis
Comentários sobre este artigo