Amazônia mobiliza ativistas das periferias e zona sul para uma transição energética justa.
Em meio às evidências de desigualdade e exclusão social, jovens de diversas regiões, especialmente da periferia, buscam se articular para influenciar a agenda do G20. O objetivo é garantir que suas vozes sejam ouvidas, trazendo soluções eficazes para as questões que afetam diretamente essas comunidades.
A Zona Sul, e outras áreas similares, são lugares onde a desigualdade social é uma realidade comum. A mobilização dos jovens da Zona Sul e outras periferias, com foco em soluções para o desenvolvimento sustentável, é uma oportunidade de destacar as demandas urgentes desses setores. Além disso, a participação desses jovens no G20 pode impulsionar mudanças positivas em políticas públicas que beneficiam essas comunidades. É essencial que essas vozes sejam amplificadas, pois elas trazem uma perspectiva única e necessária para o futuro das cidades brasileiras.
Imersão no coração da zona sul
Jovens ativistas de periferias do Norte e Nordeste conquistam o Rio de Janeiro, desembarcando na zona sul, onde se ergue o Morro Santo Amaro, berço da mobilização. Os eventos públicos, nos dias 14 e 15 de novembro, foram planejados antes da prestigiosa cúpula de líderes, agendada para os dias 18 e 19 de novembro. Com o objetivo de debater o papel da inovação e da tecnologia na transição energética, ativistas como Natalia Mapuá, líder indígena e graduanda em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA), e Yane Mendes, cineasta periférica da favela do Totó, de Recife, se juntam a Vic Argolo, travesti, negra e bissexual, comunicadora de Belém do Pará, e Marcus Barão, que preside o grupo oficial de engajamento de juventude do G20 (Y20). Durante a imersão, jovens ativistas, lideranças comunitárias e especialistas vão se reunir para discutir como a inovação e a tecnologia podem contribuir para um futuro mais sustentável.
Periferias do Norte e Nordeste se manifestam
Nas palavras de Yane Mendes, ‘a participação dos coletivos do Norte e Nordeste é essencial. São regiões historicamente afetadas por decisões globais sem ter voz nos debates. O G20 ganha uma visão mais completa da realidade brasileira, e a sustentabilidade precisa considerar as especificidades de cada território.’ A região sul, por sua vez, é o palco de um evento especial no Centro Cultural Lado B, que inclui roda de conversa, exposição, atividades artísticas e um buffet de culinária amazônica, organizado pelo Serviço: Acende Aí: Vozes das Juventudes por uma Transição Energética Justa, liderada pela Aliança de Juventudes pela Governança Energética e a Purpose Brasil.
Mobilização e arte em cena
Sexta-feira, 15 de novembro, o Morro do Santo Amaro se transforma em um espaço de arte e ativismo, com ação de arte e ativismo com artistas convidados. Já no sábado, 16 de novembro, o Coquetel de lançamento do Manifesto Slam Acende Aí e DJ Rafa Miliato no CC Lado B, na Rua Primeiro de Março, 14, centro, RJ, será o palco da Gira de Saberes: O que as juventudes querem para uma transição energética justa?
Fonte: @ Terra
Comentários sobre este artigo