Anomalias atmosféricas no Pacífico equatorial indicam transição rápida do El Niño para La Niña, com impactos significativos. Enos apresenta probabilidade de ressurgência.
Recentemente, observamos uma diminuição nas anomalias atmosféricas no Pacífico equatorial, sinalizando uma possível transição do fenômeno Niño para o La Niña. De acordo com o último boletim semanal meteorológico da Noaa, o processo está ocorrendo de forma mais rápida do que o esperado.
Essa mudança brusca de Niño para La Niña pode trazer impactos significativos no clima global, afetando as condições meteorológicas em diversas regiões do planeta. Vale ressaltar a importância de monitorar de perto essas alterações para melhor compreender os efeitos do Niño e La Niña na atmosfera terrestre.
Niño
O fenômeno meteorológico natural conhecido como El Niño corresponde ao aquecimento acima da média histórica de grande parte do Pacífico equatorial. Com uma periodicidade de entre dois e sete anos e uma duração de nove a 12 meses, o El Niño é um evento que impacta significativamente as condições climáticas ao redor do globo.
Anomalias Atmosféricas e Transição Rápida
O La Niña, por sua vez, apresenta características opostas ao El Niño, manifestando-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do oceano. Essas mudanças bruscas nas temperaturas do oceano Pacífico são responsáveis por desencadear anomalias atmosféricas que afetam a distribuição das chuvas e a temperatura ao redor do mundo.
Impactos Significativos e Probabilidade
Os impactos causados pelo El Niño e pelo La Niña podem ser significativos em diferentes regiões. Enquanto o Brasil pode vivenciar aumento no volume de chuvas nas regiões Norte e Nordeste durante o La Niña, o Sul tende a enfrentar condições mais secas e quentes. No Centro-Oeste e Sudeste, os impactos oscilam conforme a periodicidade desses fenômenos.
Características Opostas e Enos
O Enos, ou El Niño Oscilação Sul, engloba tanto o El Niño quanto o La Niña como parte de um mesmo fenômeno. Essas características opostas nos padrões de temperatura e precipitação do oceano Pacífico desempenham um papel crucial na modulação do clima global.
Ressurgência e Oscilação Sul
A região designada como ‘Niño 3.4’, que compreende o Pacífico Equatorial Centro-Leste, é fundamental para identificar a presença do El Niño. Já a região conhecida como ‘Niño 1+2’, localizada nos litorais do Peru e do Equador, é um ponto de observação crucial para monitorar a transição desses fenômenos e a possibilidade de ressurgência de águas mais frias das profundezas do oceano.
Probabilidade e Impactos Futuros
Com base nas análises mais recentes da Metsul Meteorologia, a transição do El Niño para uma fase neutra Enos está prevista para ocorrer entre abril e junho, com 83% de chance. As probabilidades de desenvolvimento do La Niña aumentam progressivamente entre junho e agosto, indicando possíveis impactos significativos na distribuição das chuvas e na temperatura em diversas regiões do planeta.
Fonte: © TNH1
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