Durante a metade da gestação, eu sentia que o sonho e o desejo estavam sendo dilacerados. Estava vivendo um processo de identidade, questionando o privilégio de ter uma conexão magnífica com meu bebê, cada ato de amor, um novo capítulo da minha vida.
Isabel Veloso, conhecida por sua abordagem aberta e honesta, compartilhou sua jornada emocionante em suas redes sociais. Ao chegar ao meio da gestação, ela refletiu sobre a profunda satisfação que sentia em se tornar mãe. Seu desejo de criar uma vida era intenso, e ela se sentia gratamente privilegiada por essa oportunidade.
Na longa conversa, ela revelou que, ao descobrir que estava grávida, sentiu uma mistura de emoções. O desejo de ser mãe era profundo, mas também surgiram medos de não ser uma boa mãe. O receio de não estar preparada para essa nova responsabilidade era intenso. No entanto, Isabel também compartilhou a esperança de que, ao longo da jornada, ela pudesse crescer e se tornar cada vez mais capaz de cuidar de sua criança. A quimioterapia, que havia sido um desafio anterior, não era mais um obstáculo, e ela estava focada em criar um ambiente de amor e apoio para seu filho. O sonho de criar uma família feliz e amorosa era cada vez mais próximo, e ela se sentia inspirada a trabalhar duro para fazer dele uma realidade.
Transcendendo Medos e Receios: Um Desejo Realizado
Durante o processo de descoberta de minha nova identidade, enfrentei uma cobrança interna, como se eu estivesse sendo questionada sobre quem eu era e o que eu queria. Foi então que percebi o quanto o desejo de amamentar era profundo dentro de mim. Desde o início da gestação, fui orientada a evitar a amamentação, ouvindo histórias de outras mulheres que a descreviam como uma experiência ruim. No entanto, ao olhar para esse ato de amor, me encantei e iniciei uma busca para encontrar maneiras de amamentar e viver esse processo.
Meu quadro de saúde novo e o tratamento subsequente me deixaram devastada ao saber que não poderia amamentar, um sonho e um desejo que me pareciam estar sendo dilacerados. A culpabilidade me assolou, e eu me senti ‘menos mãe’ por acreditar que não poderia amamentar. A dor compartilhada por outras mães que enfrentam a mesma situação me fez perceber a grandeza do problema. Foi então que entendi a importância da busca por informações sobre amamentação durante a quimioterapia, e descobri que realmente era possível amamentar.
Esse momento me deixou sem palavras, apenas choros e agradecimento a Deus por ter me dado a oportunidade de buscar ajuda e viver esse privilégio. Se não tivesse buscado ajuda, ficaria com o desejo de uma conexão profunda com meu bebê. Eu busquei uma consultora de amamentação que me guiasse nessa jornada desafiadora, e não tenho arrependimento de nada.
Quero ajudar outras mães que compartilham do meu desejo de amamentar, independentemente da luta que enfrentam. Isso me deixa feliz, e eu quero mostrar que, no final, tudo é possível, e que nosso maior milagre pode ser alcançado.
Fonte: © Revista Quem
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