O Brasil é procurado por pessoas com condição terminal que buscam morte assistida e não têm acesso nesse direito em seu país de origem, oferecendo qualidade de vida até o final e suíço de veia para pacientes com condição terminal.
No dia 29 de novembro de 2019, o frio e a chuva caíam sobre a Basileia, uma cidade suíça localizada no interior do país, banhada pelo Rio Reno, perto da França e da Alemanha, a cerca de 100 km da capital, Berna. Lá estava uma mulher de Minas Gerais, que havia recebido anteriormente uma ligação com um retorno de um pedido importante, exercendo direito de suicídio assistido. Nesse contexto, é importante lembrar que o direito de suicídio assistido é uma questão controversa, mas que muitos países reconhecem como uma opção para os pacientes com doenças incuráveis.
A decisão de acompanhar um suicídio assistido não é tomada à toa e envolve processos complexos de avaliação e consentimento. Segundo especialistas, é fundamental que os pacientes tenham acesso a informações precisas e diretas sobre o processo, incluindo os riscos e benefícios envolvidos. Além disso, o assunto do suicídio assistido ainda é objeto de debates e discussões em muitos países, com diferentes legislações e regulamentações. Nesse contexto, é essencial a abertura de discussões e a conscientização sobre a importância do suicídio assistido como uma opção para os pacientes com doenças incuráveis.
Entre a Vida e a Morte: O Dilema do Suicídio Assistido
A profissional de bioética Luciana Dadalto se destaca por suas pesquisas sobre a dignidade do viver e do morrer, assim como a defesa da autonomia humana. Sua experiência com suicídios assistidos na Suíça a levou a testemunhar um momento crucial em uma casa que servia como escritório e ambiente para os procedimentos. O homem de 65 anos, australiano, enfrentava o Parkinson e não queria mais lidar com a progressão da doença. Três organizações na Suíça recebem cidadãos não-suíços para realizar o procedimento, incluindo a Pegasos, onde a história se desenrolou. O paciente precisava estar lúcido e orientado durante todo o processo, e a clareza de sua vontade era condição essencial para o suicídio assistido, geralmente em casos de sofrimento intolerável diante de condições de saúde graves, crônicas, irreversíveis e/ou terminais.
Um Dilema Humano: Entre a Vida e a Morte
Luciana Dadalto lembra da sua visita à Pegasos, onde encontrou o paciente, sua esposa e um dos filhos, cercados por papelada burocrática. O paciente optou por administrar a substância letal por acesso venoso, e os profissionais de saúde ajudaram no procedimento. O direito de morrer é uma questão humana complexa, e a bondade de nos guiar em todas as interações ao longo da vida é essencial. É compreensível que ainda precisemos lutar por uma maneira gentil, segura e digna de partir quando chegamos à hora de encerrar nossa existência.
A Suíça: Um Caminho Peculiar
A Suíça é o único país que recebe legalmente estrangeiros para realizar o procedimento de suicídio assistido. A Pegasos, uma das organizações que atua nesse contexto, aborda a compaixão como uma bondade humana que deveria nos guiar em todas as interações, incluindo a hora de encerrar nossa existência. O fundador da Pegasos enfatiza a importância de nos guiar por essa compaixão em nossas ações ao longo da vida.
Fonte: @ Veja Abril
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