Gilmar Popoca, revelado pelo Flamengo, lembra sua primeira competição nos Jogos de Los Angeles e o bicampeonato da seleção brasileira.
O Brasil demorou a valorizar a natação nas Olimpíadas. Em 2004, em Atenas, com um time formado por atletas de diversos estados, conquistou a primeira medalha do país na modalidade, o bronze, após uma disputa acirrada na final.
Além da medalha, os nadadores brasileiros também receberam uma merecida honraria por representarem tão bem o país no cenário internacional.
Medalha de Prata: Uma Honraria Histórica
Entre os nomes escolhidos para integrar a equipe, Gilmar Popoca, formado pelo Flamengo, assumiu a camisa 10 e se destacou na competição. Neste ano em que a primeira medalha completa 40 anos, a seleção masculina não conseguiu a vaga para os Jogos de Paris, perdendo a chance de defender o bicampeonato – a seleção masculina do Brasil possui dois ouros, três pratas e dois bronzes. A representação olímpica será feita apenas pela equipe feminina, que também tem em seu histórico duas medalhas de prata.
Gilmar Popoca guarda com carinho os símbolos daquela conquista, mantendo viva a memória da época. Com zelo, ele preserva sua medalha de prata, recortes de jornais daquele período e placas de reconhecimento. Na entrada do Museu do Flamengo, em Gávea, há uma inscrição no chão com os atletas campeões olímpicos do clube, algo que Popoca gosta de mostrar.
Em uma entrevista, Gilmar mencionou a importância de ser um atleta olímpico e ter uma medalha. Ele descreve a emoção de possuir uma medalha de prata, a primeira do futebol brasileiro. Ser parte da história olímpica é sempre emocionante, pois se torna um legado significativo.
A formação da seleção masculina para os Jogos de 1984 teve seus desafios até a escolha do Internacional como base da convocação. Gilmar Popoca se encaixou perfeitamente, ocupando a posição de Rubén Paz, o camisa 10 da equipe na época. Naquela época, a idade não era um impedimento nos Jogos Olímpicos, mas os jogadores não podiam ter participado da Copa do Mundo.
Gilmar relembra com carinho a experiência na seleção, destacando a semelhança de características entre ele e Rubén Paz, ambos canhotos e jogadores de criação. A sinergia no grupo do Internacional foi fundamental para o sucesso, com um meio-campo forte, um goleiro excepcional como Gilmar Rinaldi, e uma defesa qualificada.
Após a convocação, a equipe passou um tempo no Rio de Janeiro, realizando treinamentos e jogos antes de seguir para a última etapa no Rio Grande do Sul. O legado da medalha de prata de Gilmar Popoca continua a inspirar gerações, destacando a importância e o valor de ser um atleta olímpico.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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