Dados mostram redução na representatividade de grupos demográficos diversos em campanhas. Pesquisa
Diversidade na comunicação de marcas em redes sociais
Diversidade na comunicação de marcas em redes sociais
destaca o cenário.
Dados apontam redução na representatividade de indivíduos gordos, negros e LGBTQIAPN+ nas campanhas. Um estudo recente chamado ‘Variedade na comunicação de marcas em redes sociais’, conduzido pela SA365, Elife e Buzzmonitor, examinou a participação de diversos grupos demográficos nas plataformas digitais dos 20 maiores anunciantes do Brasil, envolvendo um total de 54 marcas.
A análise revelou a importância da pluralidade e da inclusão na comunicação, ressaltando a necessidade de promover a diversidade em todas as formas de publicidade. A pesquisa destaca a relevância de abraçar a variedade de identidades e experiências para construir uma sociedade mais justa e representativa. demográficos
A importância da diversidade na representação nas redes sociais
A análise das publicações provenientes das plataformas X (antigo Twitter), Instagram e Facebook ao longo de 2023 revelou um cenário que destaca a necessidade de maior inclusão e variedade. Os dados apontam que as publicações de marcas continuam sendo majoritariamente dominadas por homens, com um leve aumento de presença em 2023, enquanto mulheres e pessoas negras sofreram pequenas quedas em sua representatividade.
Breno Soutto, diretor de Inteligência da Buzzmonitor, ressaltou que a inteligência artificial utilizada na pesquisa pode apresentar limitações na identificação precisa de etnias, apesar dos controles de qualidade implementados. Asiáticos e idosos, por sua vez, tiveram um aumento de dois pontos percentuais em sua presença, agora representando 8,6% e 3,1% das publicações, respectivamente.
É importante notar que a presença de pessoas gordas e da comunidade LGBTQIAPN+ sofreu reduções significativas, passando de 1,9% para 0,9% e de 4,9% para 1,9%, respectivamente. A análise da diversidade sexual enfrentou desafios, uma vez que a orientação sexual não pode ser determinada apenas pela aparência.
A utilização de indicadores contextuais, como casais do mesmo sexo e símbolos da diversidade, foi uma estratégia adotada, porém a inteligência artificial pode não reconhecer figuras públicas assumidamente homossexuais. A pesquisa também evidenciou a disparidade entre a diversidade presente nas publicidades e a composição demográfica da população brasileira.
Mesmo quando grupos demográficos subrepresentados eram retratados, frequentemente estavam acompanhados por pessoas brancas. Negros, asiáticos e indígenas, por exemplo, foram frequentemente representados ao lado de pessoas brancas em uma parcela significativa das publicações.
No que diz respeito à diversidade sexual, observou-se que a maioria das pessoas identificadas como sexualmente diversas eram homens, representando 64,2% do total. As mulheres, por sua vez, compunham 35,7% desse grupo.
A pesquisa também identificou os setores em que diferentes grupos demográficos eram mais retratados, evidenciando a necessidade de maior pluralidade na representação. Homens eram mais presentes no varejo, mulheres em higiene e beleza, pessoas negras em telecomunicações, asiáticos em entretenimento, idosos em farmacêuticos, pessoas gordas no setor bancário, LGBTQIAPN+ em entretenimento, pessoas com deficiência em telecomunicações e indígenas em entretenimento.
Os resultados da pesquisa ressaltam que, apesar de alguns avanços, ainda há uma considerável disparidade entre a diversidade presente nas campanhas publicitárias e a composição demográfica da população brasileira. As marcas precisam continuar se esforçando para representar de forma mais fiel a diversidade da sociedade em suas comunicações.
Fonte: @ Ad News
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