Ação PN sobe e desce incomum em sexta sem novidades, com Brent em alta e termos de governança.
Parecia que o mercado já havia assimilado Magda Chambriard na presidência da Petrobras. Desde o início desta semana, observadores estavam atentos ao processo de governança da Petrobras para aprovação e integração da engenheira civil nos cargos e já aguardavam um desfecho nesta sexta-feira (24). Tudo transcorreu conforme o esperado, porém há algo ainda intrigante nessa narrativa.
Enquanto a Petrobras consolidava a transição de liderança, a empresa reafirmava seu compromisso com a transparência e eficiência. A petroleira buscava manter sua posição de destaque no mercado, mesmo diante de desafios significativos. A atuação da companhia sob a nova gestão prometia trazer inovações e melhorias operacionais, mantendo a Petrobras como referência no setor.
Volatilidade na Bolsa de Valores com Destaque para Petrobras
No pregão de hoje, a Petrobras, empresa petroleira de destaque, vivenciou um processo de oscilação incomum em seu valor de mercado, em uma sexta-feira sem grandes novidades econômicas ou corporativas relevantes, mesmo com o petróleo Brent em ascensão. Após uma manhã de negociações em alta, seguida por uma reviravolta para baixa e posterior retorno à alta, os papéis da Petrobras tiveram um desfecho peculiar próximo das 12h30.
Por volta das 12h50, a ação preferencial (PN), que confere preferência na distribuição de dividendos, apresentava uma queda de 0,24%, cotada a R$ 36,72, enquanto a ação ordinária (ON), com direito a voto em assembleia, também registrava uma queda de 0,21%, valendo R$ 38,36. A volatilidade observada não é considerada significativa até o momento, porém indica que os investidores ainda estão cautelosos em relação aos acontecimentos recentes.
A nomeação de Chambriard como diretora-presidente da Petrobras parece estar sendo melhor recebida pelos agentes do mercado, apesar do descontentamento gerado pela inesperada demissão de Jean Paul Prates por decisão do presidente Lula. A postura intervencionista do governo, que detém ações na Petrobras através da União, gera preocupações entre os investidores.
Além das incertezas inerentes às empresas estatais, há o receio de que a lucratividade da petroleira seja prejudicada em prol de interesses políticos. A notícia de que investidores estrangeiros estariam se mobilizando para convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) em meio às incertezas sobre o futuro da companhia após as recentes mudanças na governança intensifica a atmosfera de apreensão.
Segundo a colunista Maria Cristina Fernandes, do Valor, as alterações internas nos comitês de assessoramento ao conselho de administração, com presença significativa de pessoas ligadas ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, têm gerado preocupações adicionais no mercado. O Citi prevê que a chegada de Chambriard trará aceleração nos investimentos e mudanças na diretoria da Petrobras, impactando possivelmente a distribuição de dividendos.
Os analistas Gabriel Barra e Andrés Cardona do Citi destacam a robustez dos fundamentos da companhia, que continua gerando caixa substancial através da produção de petróleo, preços favoráveis e controle da alavancagem. A recomendação neutra do Citi para a Petrobras inclui um preço-alvo de US$ 15 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Nyse, conforme informações do Valor Econômico e do Valor PRO.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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