Estudo aponta que desigualdade social pode levar civilizações ao colapso. Lições importantes dos registros históricos.
Os Estados e sociedades humanas realmente ficam mais frágeis com o passar do tempo? Imagem: Getty Images / BBC News Brasil A ascensão e a queda das grandes potências são um clichê da história. É comum a ideia de que as civilizações, os Estados e as sociedades crescem e entram em declínio. Mas será verdade?
Em meio às transformações constantes, é possível observar como os Estados e as sociedades se adaptam e evoluem ao longo dos séculos. O estudo feito das civilizações antigas nos revela lições importantes sobre a fragilidade e a resiliência das estruturas sociais. A história nos ensina que, mesmo diante dos desafios, os Estados e as sociedades têm a capacidade de se reinventar e prosperar.
Estudo sobre o Envelhecimento dos Estados
Cientistas descobriram que os Estados, ao longo da história, têm uma propensão a se extinguirem gradualmente. Esse fenômeno foi observado em um estudo feito por arqueólogos, historiadores e cientistas da complexidade, que analisaram registros históricos para entender melhor essa questão.
A pesquisa, publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, revela que os Estados realmente envelhecem com o tempo. Essa constatação levanta questões importantes sobre as sociedades e civilizações, e as lições que podemos tirar para os dias atuais.
Definir civilizações e sociedades pode ser desafiador, mas ao focar nos ‘Estados’ pré-modernos, foi possível identificar padrões interessantes. Os Estados, como organizações centralizadas que impõem normas sobre um território e população, mostram uma tendência ao envelhecimento e à extinção.
Os pesquisadores utilizaram dois bancos de dados, Moros e Sehat, para analisar a mortalidade dos Estados ao longo de cerca de 3 mil anos. Esses bancos de dados compilam informações de 324 Estados e 291 unidades políticas, respectivamente, proporcionando uma visão abrangente sobre o tema.
A análise de sobrevivência realizada revelou que o risco de término dos Estados aumenta ao longo dos séculos, atingindo um nível alto e estável após os dois primeiros séculos. Essa tendência de envelhecimento foi observada mesmo quando excluídas as dinastias, indicando que é um padrão geral nas sociedades.
Essas descobertas corroboram estudos anteriores e análises de eventos históricos, demonstrando que as vulnerabilidades das sociedades pré-modernas contribuem para sua extinção. O estudo sobre o envelhecimento dos Estados oferece insights valiosos para compreender a dinâmica das sociedades ao longo do tempo e as lições que podemos extrair para o presente.
Fonte: @ Terra
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