Andes distribuiu formulário às seções sindicais, secretarias e comandos locais. Professores devem aceitar ou não as proposições sobre reajuste linear concedido.
O movimento nacional da paralisação dos professores universitários, ligado ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), convocou reuniões locais para esta semana com o intuito de debater as propostas recentes apresentadas pelo governo federal. Os professores terão até sexta-feira (21) para analisar e decidir sobre as ofertas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e do Ministério da Educação (MEC). Um formulário foi enviado pelo Andes para as seções sindicais, secretarias regionais e comandos locais de professores.
Em meio às discussões, a mobilização dos docentes ganha força em busca de melhores condições de trabalho e valorização da educação superior. A participação ativa dos universitários nesse processo é fundamental para fortalecer a luta dos professores por uma educação de qualidade. A união entre docentes e universitários é essencial para garantir avanços significativos no cenário educacional do país.
Professores universitários em assembleias para decidir sobre propostas do governo
Neste formulário, os docentes devem indicar se concordam ou não com as recentemente apresentadas propostas do governo e deliberar se mantêm a greve ou optam por um movimento de saída coletiva coordenado pelo sindicato. As respostas devem ser enviadas até o meio-dia de sexta-feira, e essas deliberações terão impacto na reunião do comando nacional da greve, agendada para o final de semana em Brasília.
A greve, que teve início em abril, está afetando 64 das 69 universidades federais. Entre as propostas do governo, destacam-se a recomposição parcial do orçamento das instituições de ensino, reajustes de benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-saúde suplementar e auxílio-creche, e o aumento do reajuste salarial linear até 2026, passando de 9,2% para 12,8%, com 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
Segundo o governo, com o reajuste linear de 9% concedido em 2023, o aumento total para os servidores federais pode variar entre 23% e 43% nos próximos quatro anos. O MGI enfatizou que a nova proposta garante um aumento acima da inflação projetada de 15% para o período entre 2023 e 2026.
A proposta anterior previa reajuste zero em 2024, 9% em 2025 e 3,5% em 2026, totalizando um aumento de 21,5% em quatro anos. Em maio, o MGI divulgou a proposta final e considerou as negociações salariais encerradas, embora tenha manifestado disposição para dialogar sobre outras pautas não salariais.
Além disso, o MEC anunciou um aumento no orçamento das universidades e institutos federais, destinando R$ 279,2 milhões e R$ 120,7 milhões, respectivamente, para custeio de despesas. Na semana passada, o Ministério da Educação comprometeu-se a revogar a Portaria 983, que aumentou a carga horária mínima semanal dos professores, após o término da greve.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um investimento de R$ 5,5 bilhões no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), voltado para melhorias na infraestrutura das universidades federais, hospitais universitários e a criação de dez novos campi em todas as regiões do país.
As decisões tomadas nesta semana serão cruciais para o desfecho da greve e para as negociações entre os professores universitários e o governo federal, definindo os próximos passos na busca por melhores condições de trabalho e remuneração.
Fonte: @ JC Concursos
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