Estudo de 280 mil adultos usou modelo da Mayo Clinic para calcular idade biológica. Contato social e rede social influenciaram determinantes sociais da saúde.
Um recente levantamento conduzido por especialistas da Universidade de Harvard apontou que a promoção de relações sociais positivas pode contribuir significativamente para a longevidade e a saúde geral dos indivíduos. A pesquisa evidenciou que a interação constante com amigos e familiares próximos pode desacelerar o processo de envelhecimento celular, favorecendo assim uma vida longa e mais plena.
Além disso, estudos anteriores já demonstraram que a prática de atividades físicas regulares e uma alimentação balanceada são fatores determinantes para a conquista de uma longevidade saudável. Manter-se ativo e alimentar-se de forma adequada ao longo da vida são atitudes fundamentais para garantir não apenas uma vida longa, mas também uma velhice ativa e gratificante, repleta de momentos significativos e realizadores.
Contato Social: Um Aliado para a Longevidade
Na pesquisa publicada recentemente no Journal of the American College of Cardiology, em 20 de março, foi evidenciado o impacto significativo dos vínculos sociais na saúde física, destacando a importância de considerá-los como determinantes sociais da saúde. Os determinantes sociais da saúde englobam uma variedade de fatores que têm grande influência no bem-estar, incluindo aspectos sociais, econômicos, culturais, étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais.
Os pesquisadores da Mayo Clinic exploraram o papel do contato social no envelhecimento biológico ao analisar o estilo de vida dos participantes e seus resultados de eletrocardiogramas. Utilizando um banco de dados com informações de aproximadamente 280 mil adultos, foi possível desenvolver um modelo para determinar a idade biológica dos voluntários, o que é fundamental para compreender a longevidade e a saúde ao longo do tempo.
A Influência do Gênero na Vida Longa
A longevidade e o envelhecimento são temas frequentemente abordados nas discussões sobre saúde, e um dado interessante é a discrepância entre a expectativa de vida de homens e mulheres. Em diversos países, incluindo o Brasil, as mulheres tendem a viver mais anos do que os homens, o que levanta questões sobre os diferentes aspectos que podem influenciar a longevidade em cada gênero.
A nutricionista Claudia Meireles trouxe à tona a importância da alimentação na longevidade, destacando como a escolha de não consumir carne pode impactar positivamente a saúde a longo prazo. Estudos mostram que a dieta desempenha um papel crucial na idade biológica maior, sendo fundamental para garantir uma vida longa e saudável.
Conexões Sociais e a Redução do Risco de Mortalidade
O estudo também avaliou o impacto do contato social no risco de mortalidade prematura. Durante o acompanhamento de dois anos, cerca de 5% dos participantes faleceram, e aqueles com pontuações mais baixas no Índice de Rede Social apresentaram maior risco de morte em comparação com outros grupos. A análise revelou que a rede social influencia significativamente a longevidade e a saúde a longo prazo.
Além disso, as disparidades de saúde entre grupos étnicos/raciais também foram evidenciadas, com participantes não brancos apresentando diferenças de idade médias mais elevadas em relação aos seus colegas brancos. Essas descobertas ressaltam a importância de considerar os determinantes sociais da saúde, como o contato social, ao buscar estratégias para promover uma longevidade saudável e equitativa para todos.
Fonte: @ Metropoles
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