Jovens periféricos estudam em instituições particulares, onde trabalham para pagar curso superior, para pagar o curso. É gasta a vida em trânsito e trabalho.
Em um momento de escassez de tempo, muitos de nós nos sentimos limitados pela pressão de cumprir metas e prazos em nossa vida profissional e pessoal. Mas, como professor de faculdade há 15 anos, sinto-me afortunado por ter uma oportunidade de refletir sobre o meu trabalho e sobre o que acredito ser essencial para a educação.
Um dos temas que mais me preocupam é a questão da curto prazo em que vivemos, que pode levar a uma restrita visão do que é importante. Nesse sentido, acredito que o tempo é um recurso precário que devemos utilizar de forma mais eficiente, focando em atividades que realmente sejam curto-prazistas e que tenham um impacto positivo na sociedade.
Tempo e Trabalho: A Realidade dos Jovens Periféricos no Ensino Superior
Nesse contexto, observa-se a presença de jovens provenientes de comunidades periféricas que buscam uma formação superior, principalmente em instituições particulares da capital paulista e Região Metropolitana. Nota-se que a curta duração do curso superior, devido à escassez de tempo disponível, torna-se um desafio significativo. A escala de trabalho 6×1, com seis dias de trabalho ao invés de cinco, reforça a limitação de tempo a que esses estudantes estão submetidos.
O tempo disponível para os jovens periféricos é frequentemente restringido, seja por motivos de trabalho, trânsito ou vida pessoal. Isso significa que a jornada diária é extremamente curta, com cerca de 9 horas disponíveis para atividades não laborais. A vida se torna um desafio, com a maioria do tempo sendo gasta em atividades como trânsito, trabalho e faculdade. A formação acadêmica, portanto, é limitada devido à restrição de tempo.
A formação cultural mínima, que é essencial para a construção de uma pessoa completa, também sofre com a curta duração do curso superior. A jornada diária é repleta de atividades, sem espaço para atividades culturais, como ir ao cinema ou ler um livro. A inação como desculpa para a falta de tempo é frequentemente rechaçada, sobretudo quando comparada com a realidade em que os jovens periféricos se encontram.
O curso superior enfrenta muitos desafios, incluindo a escassez de tempo disponível. A formação acadêmica é limitada devido à curta duração do curso, tornando-se fundamental uma reflexão sobre a formação que os jovens procuram.
Fonte: @ Terra
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