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Deputado estadual diagnosticado com Parkinson em novembro de 2023 optou pelo uso terapêutico da Cannabis como tratamento auxiliar.
Diagnosticado em setembro de 2024, Maria da Silva, de 75 anos, compartilhou estar fazendo uso de derivados da Cannabis sativa, planta da maconha, como forma de tratamento complementar para o Parkinson. Em conversa com o BemEstar, a aposentada mencionou que tem percebido uma redução dos sintomas desde que começou a utilizar o óleo terapêutico. ‘Antes eu sentia dificuldade de movimentar as pernas, agora consigo caminhar melhor’, afirmou.
Além disso, Maria relatou que o tremor nas três-mãos diminuiu significativamente após o início do tratamento com a Cannabis. Ela destacou a importância de buscar alternativas naturais para lidar com os sintomas da doença, ressaltando a eficácia dos produtos à base de Cannabis no seu caso específico.
O uso terapêutico da Cannabis no tratamento para Parkinson
Ao relatar a sua experiência, Suplicy destacou que o tremor nas mãos, um dos sintomas do Parkinson, foi gradativamente reduzindo. Ele passou a se locomover com mais firmeza, evidenciando os benefícios do tratamento auxiliar com cannabis.
O tratamento para Parkinson com cannabis pode variar conforme a gravidade dos sintomas apresentados pelo paciente. Suplicy mencionou que a introdução do canabidiol foi gradual, começando com doses infantis de Cannabis medicinal. Ele recorda que o primeiro óleo tinha uma coloração distinta, indicando a sua origem. A dosagem foi aumentando aos poucos, até atingir cinco gotas diárias.
Atualmente, o ex-senador consome a versão para adultos do óleo de CBD, com uma dose de 27 gotas por dia. A administração é feita pela manhã, após o café da manhã, depois do almoço e no jantar. O efeito da cannabis no organismo é um tema de interesse crescente, especialmente no contexto do tratamento terapêutico do Parkinson.
A utilidade terapêutica da maconha tem sido objeto de estudo por profissionais da saúde, com foco inicialmente no tratamento do Parkinson. Ivan Mario Braun, psiquiatra especializado em abuso de substâncias, ressaltou a diferença entre a cannabis e outras drogas, como tabaco e cocaína, que já foram consideradas terapias, mas se mostraram prejudiciais.
Além do óleo extraído da planta, a cannabis pode ser utilizada de diversas maneiras, incluindo a vaporização, administração oral em forma de pílulas, absorção pela mucosa oral ou retal para uma absorção mais rápida. O efeito do CBD como tratamento auxiliar em diferentes condições se deve à interação com receptores naturais nas membranas celulares.
Karina Diniz, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, explicou que os componentes da maconha que interagem com áreas motoras contribuem para a melhora da espasticidade em pacientes com esclerose múltipla. Já aqueles que atuam em regiões relacionadas à náusea ajudam a aliviar os efeitos colaterais da quimioterapia. A pesquisa sobre o uso terapêutico da cannabis continua a evoluir, trazendo novas perspectivas para o tratamento do Parkinson.
Fonte: @ Minha Vida
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