Levantamento da CNC: dados sobre imposto de importação, valor, compras internacionais, reforma tributária e geração de empregos.
Os itens de vestuário masculino, como camisas, blusas e casacos, tiveram um aumento de 302,8% em 2023, devido à redução de impostos para aquisições de até US$ 50, conforme estudo conduzido pela Associação Brasileira de Vestuário Masculino (ABVM).
Para os homens que buscam roupas masculinas de qualidade, a variedade de vestimentas para homens disponíveis no mercado está em constante crescimento, proporcionando mais opções para o público masculino exigente.
Impacto da Importação de Vestuário Masculino na Economia Brasileira
Os dados revelam que a quantidade de itens de bens de consumo com valor de importação de até US$ 50 por unidade aumentou em 35% em 2023 em comparação com 2022. Itens como roupas masculinas, vestimentas para homens, como tapetes (399,8%), lâmpadas de até 15 volts (231%), bebidas não alcoólicas (163,4%) e brinquedos motorizados (104,7%) também registraram os maiores crescimentos.
O estudo da CNC se baseou nos microdados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), sobre compras internacionais de 10 mil tipos de bens de consumo classificados por NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul).
A CNC reforça sua posição contrária ao aumento do imposto de importação no Brasil, destacando que é a entidade que mais defende a manutenção da carga tributária atual durante a reforma tributária. No entanto, a questão da competitividade entre empresários chineses e brasileiros levanta preocupações sobre a capacidade de geração de empregos no país.
‘Dar uma condição de competitividade ao empresário chinês que o empresário brasileiro não possui ameaça a capacidade de geração de emprego aqui em território nacional’, afirma o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.
Em relação às compras internacionais, a China lidera com 51,8% do total de encomendas feitas pelos consumidores brasileiros, seguida por Argentina (6,2%) e Paraguai (5,9%). A geração de empregos e renda no Brasil é impactada pela alta carga tributária, que coloca o país entre os maiores tributadores em relação ao PIB.
Nos últimos 10 anos, a importação de vestuário masculino da China, ao valor médio de US$ 50, teve um crescimento de 95%, acima da média de 43% dos demais países. Medidas como a isenção para compras de até US$ 50 afetam a competitividade do empresário nacional, responsável pela geração de empregos e renda no país.
‘A isenção para compras de até 50 dólares prejudica o empresário brasileiro, que é fundamental para a economia do país’, critica Tavares. O setor de comércio é responsável por mais de 22% da geração de empregos formais no Brasil, com um total de 10,2 milhões de trabalhadores.
A vantagem concedida à indústria e ao comércio estrangeiros representa uma ameaça direta aos empregos de mais de 10 milhões de brasileiros. ‘Sem empresas nacionais, não há trabalho. Sem trabalho, não há renda. Sem renda, não importa o preço das roupas masculinas, não há como os brasileiros consumirem’, conclui o executivo.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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